Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 7 ‐ Horário: 10:51‐10:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: O aumento da incidência de bactérias multirresistentes e a falta de opções terapêuticas para o tratamento das infecções causadas por essas bactérias são problemas frequentes no ambiente hospitalar. Vários fatores contribuem para a resistência bacteriana: gravidade do paciente, procedimentos invasivos, internações prolongadas, uso de antimicrobianos de amplo espectro e por tempo prolongado, baixa adesão à higiene das mãos e às técnicas adequadas de limpeza de ambiente.
Objetivo: Descrever as estratégias usadas para redução da colonização e infecção por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) em uma unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital em São Paulo
Metodologia: Descrição das taxas de incidência de colonização por ERC e de infecção relacionada à assistência a saúde de janeiro de 2017 a junho de 2018. Descrição das estratégias implantadas para redução da incidência.
Resultado: Durante o período avaliado, 1.631 pacientes foram admitidos na UTI. Desses, 59 (3,6%) evoluíram com colonização e seis (0,4%) com infecções por ERC. Em janeiro e fevereiro não havia registro de casos de colonização ou infecção na unidade, mas a partir de março observamos os primeiros casos de colonização e, em abril, de infecção. Nos meses seguintes, evidenciamos aumento dos eventos com pico importante em outubro, quando o maior número de casos de colonização foi registrado (13). Como estratégia de prevenção e controle, foram elaborados impressos próprios para controle de limpeza do ambiente, check list para controle de limpeza concorrente de mobiliários e equipamentos e placa de identificação dos equipamentos já higienizados. O serviço de controle de infecção hospitalar elaborou campanha institucional de higienização das mãos, além de treinamento específico para a equipe. Durante cada turno de trabalho, um colaborador ficou responsável por aplicar álcool em gel nas mãos de toda a equipe multidisciplinar de uma em uma hora. A equipe da higiene foi reorientada sobre a técnica adequada de limpeza terminal. Após implantação dessas medidas, notamos negativação do número de pacientes colonizados e infectados por ERC e manutenção desses resultados por quatro meses.
Discussão/conclusão: Após as medidas implantadas e intensa atuação da equipe multidisciplinar, evidenciamos redução e importante controle dos índices de colonização por ERC na UTI. A revisão constante das rotinas de limpeza de ambiente e higiene das mãos é estratégia importantes para manutenção de resultados satisfatórios.