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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐358
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EPIDEMIOLOGIA E EVOLUÇÃO DA CANDIDEMIA EM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO BRASILEIRO DE 2011 A 2018
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Camila Marçon, Valéria D. Nagem Aragão, Mônica da Silveira, Adriana A. Feltrin Correa, Adriele Dandara Levorato, Lidia Raquel de Carvalho, Daniela Vanessa Moris, Rinaldo Poncio Mendes
Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Fungos do gênero Candida são causa importante de infecções da corrente sanguínea e é a principal causa de infecção fúngica em pacientes hospitalizados.

Objetivo: Avaliar a epidemiologia, as características terapêuticas e a evolução de pacientes com candidemia internados em um hospital público brasileiro.

Metodologia: Os prontuários clínicos de 59 dos 84 pacientes com candidemia diagnosticados no período de 2011 a 2018 foram submetidos a uma avaliação criteriosa. Dados sobre epidemiologia, fatores predisponentes, tratamento e desfecho foram avaliados.

Resultados: Em relação aos 84 pacientes, a incidência (número/1.000 internações) de candidemia foi de 0,68, sendo maior nas mulheres (0,76) do que nos homens (0,54; p<0,0001). As maiores incidências (número/1.000 internações) quanto à unidade hospitalar foram observadas na Clínica Médica (15,38), Oncologia (25,32) e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), analisadas em conjunto (10,31), não diferiram entre si. C. albicans foi a espécie predominante, mas, entre as espécies de não‐Candida albicans, C. glabrata predominou. A distribuição das espécies de Candida não apresentou diferença em relação à unidade de internação (p=0,39). Os estudos dos 59 casos mostraram que os pacientes com eventos agudos ‐ pneumonia, insuficiência renal aguda e choque séptico, avaliados em conjunto, apresentaram maior incidência de C. albicans do que as outras espécies (p=0,004). Quarenta e quatro (74,6%) dos 59 pacientes receberam compostos antifúngicos ‐ fluconazol (26 pacientes), micafungina (16 casos) e anfotericina B (5 pacientes); um paciente foi tratado com dois medicamentos. O tratamento foi considerado adequado para 35 (59%) pacientes e inadequado para 22 (37%); esta informação não estava disponível para 2 (3%) pacientes. A mortalidade foi muito elevada (66,1%), embora o tratamento tenha sido considerado adequado em 61,4% dos casos. Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, UTI Adulto e Unidade Coronariana apresentaram os maiores índices de candidemia (p<0,001). As taxas de cura com fluconazol (45,5%) e micafungina (42,9%) não foram diferentes (p=0,80). Além disso, C. albicans, C. tropicalis e C. glabrata foram as espécies mais prevalentes em pacientes que evoluíram para óbito (p=0,016).

Discussão/Conclusão: A incidência, taxa de mortalidade e número de pacientes não tratados com candidemia foram altos. O diagnóstico precoce e o conhecimento do local mais com maior prevalência de Candida spp e a suscetibilidade pode levar a um melhor manejo dos pacientes.

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