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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐127
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EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS INFANTIS DE DENGUE NO ÚLTIMO QUINQUÊNIO NO BRASIL
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Beatriz Gonçalves Luciano, Gabriel José Torres da Silva, Ana Laura Cavalcante Vasconcelos, Thiago José Matos Rocha
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A dengue é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que se configura um problema de saúde pública em países tropicais e subtropicais. É uma doença de grande incidência pediátrica no Brasil, com cerca de 25% dos casos ocorrendo em menores de 15 anos. Apesar de seu impacto, a epidemiologia da dengue em infantes no país carece de dados atualizados, motivando o estudo proposto.

Objetivo: Descrever os aspectos sociais, demográficos e epidemiológicos das internações por casos prováveis de dengue no período de 5 anos em infantes de 0 a 14 anos.

Metodologia: Estudo observacional, retrospectivo, de cunho quantitativo, com análise do período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019 dos dados sociodemográficos e epidemiológicos do Sistema de Notificações de Informações de Agravos de Notificações do SUS. Analisaram‐se as variáveis: número de casos prováveis em crianças (0‐14 anos) no Brasil, etnia, sexo, região brasileira, faixa etária, evolução, mês de notificação e classificação final. Foi aplicada estatística descritiva e análise de frequência relativa e absoluta.

Resultados: O total de casos prováveis durante o período analisado foi 840.194, com destaque para o ano de 2019 com 31,1% (n=261.433) dos casos e para a região Sudeste, que registrou 51,4% do total (n=432.650). As notificações prevaleceram em indivíduos de etnia parda com 34,4% (n=289.466); do sexo masculino com 51,6% (n=434.352); na faixa de 10 a 14 anos com 45% (n=377.945) dos casos; e com evolução por cura em 69,2% (n=581.913). Sobre o mês de notificação, houve destaque para os meses de março, abril e maio, que somaram 56,5% (n=325.365) dos casos, com gradual queda até setembro, quando se registrou 1,9% (n=16.279) dos casos, reforçando a característica sazonal da dengue, apontada por um estudo observacional com dados de 2001 a 2016, indicando a necessidade de intensificar a prevenção no período chuvoso. Quanto a classificação final, as notificações de dengue em sua forma clássica foram a maioria com 72% (n=605.114), seguido de notificações inconclusivas com 24,2% (n=203.554).

Discussão/Conclusão: Foram registrados 840.184 casos no período, a maioria desses confirmado como dengue clássica, havendo destaque para meninos, pardos, de 10‐14 anos e do Sudeste, principalmente entre março e maio, sendo a evolução favorável na maioria dos casos. Tais dados apontam o reforço de medidas preventivas, especialmente no período chuvoso, como medida cabível à redução das ocorrências em crianças.

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