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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐135
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EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNICIPIO DE TRÊS LAGOAS ‐ MATO GROSSO DO SUL, UMA NOVA REGIÃO ENDÊMICA NO BRASIL
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Luis Fernando Baldino Lopez, Luiz Euribel Pretes Carneiro, Ana Lúcia Kawaminami Lope, Karina Brighenti Brighenti, Edilson Ferreira Flores, Maria Angelina da Silva Zuque, Eliana Peresi Lordelo
Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A leishmaniose é um problema de saúde pública de importância mundial. Na América Latina, o Brasil possui cerca 97% dos casos de leishmaniose visceral (LV), sendo considerada uma doença emergente em muitas regiões. Entre 1990 e 2019, foram registrados 93,614 casos e média anual de 3,120 casos, com taxa de incidência média de aproximadamente 1,74 casos por 100.000 habitantes. Existem evidências epidemiológicas que no Mato Grosso do Sul (MS), o parasita tenha vindo da Bolívia seguindo a construção de uma ferrovia, uma rodovia e um gasoduto, tendo se espalhado por parte do estado de São Paulo.

Objetivo: Descrever aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral no município de Três Lagoas–MS entre 2000 e 2019.

Metodologia: Estudo retrospectivo e descritivo sobre os casos humanos de LV fornecidos pelo setor de vigilância epidemiológica municipal através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A distribuição de vetores e reservatórios domésticos (cães) foi fornecida pelo Centro de Controle de Zoonoses.

Resultados: Entre os 211 casos humanos diagnosticados no período, a faixa etária mais acometida foram crianças de 1‐4 anos (23%), seguidos de adultos 35‐49 anos (13%), vivendo predominantemente na área urbana (97%). Antimonial Pentavalente foi o tratamento utilizado em 66%, Anfotericina B em 11% e Anfotericina B Lipossomal em 8% dos pacientes. Evoluíram para a cura 84,8%; óbito 10,4% e óbitos associados a outras comorbidades 4,8%. Em 2019 foram instaladas 240 armadilhas em 42 imóveis sendo 26.1% positivas. Do total de flebotomíneos capturados (Lutzomyia longipalpis) 56,6% foram intra‐domiciliares e 43,4% peri‐domiciliares em 33 bairros ou localidades. Entre 2016 e 2019, 6,469 cães foram investigados para leishmaniose visceral canina e 52.6% resultaram positivos.

Discussão/Conclusão: Foram encontrados um número importante de pessoas infectadas por LV especialmente crianças com 15.2% de óbitos registrados. Vetores foram encontrados por toda a área urbana e um número expressivo de cães resultaram positivo na investigação sorológica. Por sua localização estratégica, as margens de uma grande rodovia e do rio Paraná, ligando a cidade a outras regiões do Brasil, especialmente ao estado de São Paulo, a cidade pode estar sendo um foco disseminador da doença. Os dados obtidos podem auxiliar autoridades no controle do vetor, do reservatório e no diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes.

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