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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE 2013 E 2022: UM PROBLEMA DE SUBNOTIFICAÇÃO?
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Laura Santana de Alencara,
Corresponding author
lauralencar17@gmail.com

Corresponding author.
, Isabela Kawao Bredariolb, Vinícius Moreira Pacheco de Souzab, Rafaele Maria Araújo de Sena Pinoa
a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil
b Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió, AL, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

A Leishmaniose Tegumentar Americana(LTA) é uma doença endêmica nas Américas que atinge camadas mais vulneráveis da sociedade e, portanto, é sistematicamente negligenciada. O Brasil é o país americano com maior número absoluto de casos de LTA, uma doença de notificação compulsória segundo a Portaria MS n. 1.271, de 6 de junho de 2014. O diagnóstico precoce, tratamento adequado, controle dos vetores e reservatórios e ações educativas são imprescindíveis para a redução dos casos dessa doença. Esse estudo tem como objetivo descrever a epidemiologia da LTA no nordeste brasileiro, entre os anos de 2013 a 2022.

Métodos

Estudo quantitativo e retrospectivo de base populacional, realizado a partir de dados coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre os casos notificados de LTA.

Resultados

Na última década, foram notificados 44.962 casos de LTA na região nordeste, uma incidência de 81,17 casos a cada 100.000 habitantes. Dentre os estados com maior incidência da doença, destaca-se o Maranhão e Bahia com, respectivamente, 221,59 e 134,96 casos por 100.000 habitantes. Por outro lado, os estados com menor incidência foram Rio Grande do Norte e Sergipe, com 2,23 e 2,8 casos por 100.000 habitantes, respectivamente. Na região Nordeste, entre 2013 e 2022, os pacientes acometidos pela LTA foram majoritariamente homens (63,64%), pardos (73,7%), adultos (58,5% possuíam entre 20 e 59 anos), com baixa escolaridade (73,3% possuíam até ensino fundamental incompleto) e moradores da zona rural (67,1%). A forma clínica mais comum é a cutânea, com 95,9% dos casos. O critério confirmatório clínico-laboratorial foi o mais utilizado (63,3%) e 92,7% dos casos evoluíram para cura.

Conclusão

O perfil clínico-epidemiológico da LTA no Nordeste brasileiro é condizente ao descrito em literatura. A LTA permanece sendo um importante problema de saúde pública no Nordeste brasileiro, e nota-se relevante discrepância entre as taxas de incidência e notificações entre alguns estados dessa região. A subnotificação dos casos de LTA prejudica ações de saúde pública e promoções em saúde direcionadas para o controle da doença, imprescindíveis para a população mais afetada.

Palavras-chave:
Leishmaniose Tegumentar Notificação Brasil Nordeste
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