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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO ENTRE 2018 A 2022
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Vítor Ferraz Silva Tacconia,
Corresponding author
vitor.tacconi@hotmail.com

Corresponding author.
, Juli Sergine Tavares Teixeira Saldanhaa, Thayná Amorim Meloa, Tereza Suyane Alves de Françaa, Arthu Linniker Lopes de Oliveiraa, Gilmar da Silva Cordeirob, Igor Thiago Queirozc
a Universidade Potiguar (UnP), Natal, RN, Brasil
b Programa de Controle da Doença de Chagas (SESAP/RN), Natal, RN, Brasil
c Hospital Giselda Trigueiro (SESAP/RN), Natal, RN, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

A Doença de Chagas (DC) é uma doença endêmica no Brasil, principalmente em regiões de clima semiárido, mas devido ao maior número dos movimentos migratórios, essa patologia tem deslocado seu eixo epidemiológico e desafiado os órgãos de saúde pública. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo analisar as características epidemiológicas da DC no Estado do Rio Grande do Norte, nos últimos 5 anos.

Métodos

Estudo retrospectivo e descritivo, o qual mostrou uma análise epidemiológica da DC no Estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados base de dados secundários da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) e do SINAN, do DATASUS e do Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis para fazer o levantamento das informações.

Resultados

No estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2018 a 2022, foram notificados 495 casos de DC crônica. Nesse período, registrou-se 107 óbitos (letalidade de 21.61%), com grande predominância na 2° Unidade Regional de Saúde Pública (a qual abrange 26 municípios da região oeste do estado, com sede no município de Mossoró), com 52 óbitos (quase 50% dos casos). Observa-se que um pouco mais de ⅕ foram os registros de morte em comparação aos registros de casos. Bem como, verificou-se predominância do sexo masculino, o qual também obteve maior número de óbitos com ⅔ das ocorrências. Em torno de 24,2% das mortes acontecem na faixa etária dos 50 aos 59 anos. No entanto, também há registros de óbitos em pessoas a partir dos 35 anos, o que mostra uma redução na expectativa de vida da população em idade produtiva. As medidas de tendência central dos dados apresentaram uma média de 99 registros/ano, mediana de 90 registros e desvio padrão de 35,82, o que representa uma assimetria na distribuição dos dados, e pode ser resultado de uma diminuição no registro dos casos DC no período da pandemia (2020 e 2021).

Conclusão

A DC no Estado do Rio Grande do Norte é responsável por vários óbitos anualmente em grupos de indivíduos que ainda estão em fase produtiva. Ser do sexo masculino, ter idade entre 50 e 59 anos e ser residente da mesorregião do Oeste Potiguar revelou ser fator de risco associado a maior chance de óbito do DC. Estratégias de saúde pública com ações mais efetivas na região de Mossoró e no seu entorno são necessárias a fim de melhorar o controle da DC nessa região.

Palavras-chave:
Doença de Chagas Rio Grande do Norte Epidemiologia
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