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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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(October 2024)
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EP-473 - NEFRITE INTERSTICIAL POR TUBERCULOSE: UM RELATO DE CASO
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Greici Taiane Gunzel, Jaysa Pizzi, Julia Somenzi de Villa, Bárbara de Pizzol Modesti, Ivandro Luis Zolett, Guilherme Litvin dos Anjos, Andreia de Quadros Maccarini, Francisco Port Rodrigues, Alexandre Arlan Giovelli
Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A nefrite intersticial aguda é uma complicação rara, porém grave, da tuberculose disseminada em pacientes imunocomprometidos.

Objetivo

Revisar métodos diagnósticos, manifestações clínicas e terapêutica da nefrite intersticial aguda secundária à tuberculose disseminada.

Método

Relatado caso acompanhado na enfermaria de Infectologia e revisada literatura através de plataformas de pesquisa científica.

Resultados

Paciente masculino, de 35 anos, previamente hígido. Estava apresentando há um ano perda ponderal significativa (30 kg) e fadiga. Evolui com febre vespertina diária, sudorese noturna e adenomegalia cervical. Realizou testes rápidos com diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo iniciada imediatamente terapia antirretroviral com TDF/3TC + DTG. Cerca de 5 dias após início do tratamento evoluiu com alteração de comportamento, vômitos, inapetência e oligúria. Foi então admitido na emergência com quadro de injúria renal aguda e necessidade de terapia renal substitutiva. Em investigação adicional, os exames laboratoriais evidenciaram uma CV-HIV de 15.700 cópias, CD4 58 (2.95%), presença de adenomegalias difusas em região cervical, retroperitônio e mediastino, além de micronódulos pulmonares randômicos. Submetido à fibrobroncoscopia e biópsia de gânglio cervical, sendo nesse momento diagnosticado com tuberculose disseminada com confirmação histológica e microbiológica em gânglio cervical e lavado broncoalveolar. Iniciado RHZE, porém sem evidência de recuperação de função renal após 45 dias de tratamento. Realizado biópsia renal com infiltrado inflamatório intersticial linfocitário com tubulite e infiltração de eosinófilos, conclusão de nefrite tubulointersticial aguda (Imagem 1). Impressão de dano tubular direto causado pelo Mycobacterium tuberculosis. Optado por iniciar terapia com corticosteroide, prednisona 1mg/kg por 15 dias e redução gradual de de dose após. Paciente evoluiu com recuperação completa de função renal, sem necessidade de hemodiálise, além de melhora clínica. CONCLUSÃO: A nefrite intersticial por tuberculose é uma manifestação rara da doença em pacientes imunossuprimidos, geralmente acompanhada de tuberculose extra-renal. É caracterizada por granulomas intersticiais, cuja fisiopatologia ainda não é completamente elucidada. A nefrite intersticial secundária à tuberculose não responde à terapia com antituberculostáticos isoladamente, sendo recomendada a associação de corticosteroides.

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