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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-474 - APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE ESPOROTRICOSE EM PACIENTE HIV/AIDS: UM RELATO DE CASO
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Julia Somenzi de Villa, Jaysa Pizzi, Greici Taiane Gunzel, Andreia de Quadros Maccarini, Ivandro Luís Zolett, Francisco Port Rodrigues, Bárbara de Pizzol Modesti, Guilherme Litvin dos Anjos, Alexandre Arlan Giovelli
Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, mais comum em pacientes imunocompetentes. No entanto, em pacientes imunocomprometidos, a infecção pode se manifestar de forma mais grave e com maior risco de disseminação.

Objetivo

Relatar caso de apresentação rara e atípica da esporotricose.

Método

Relatado caso acompanhado na enfermaria de Infectologia e realizada revisão de literatura através de plataformas de pesquisa científica.

Resultados

Trata-se de um paciente masculino de 38 anos com diagnóstico recente de HIV/Aids e em uso regular de terapia antirretroviral. Apresentava CD4 de 85 células/mm3 no momento do diagnóstico e 180 células/mm3 no momento da internação. Ele desenvolveu uma lesão ulcerada e verrucosa em orofaringe, próxima à úvula, com evolução de 10 meses, associada a dor intensa e sangramentos eventuais. Além disso, relatava cansaço aos esforços, febre eventual, sudorese noturna e perda ponderal significativa. Testes point-of-care para tuberculose, criptococose e histoplasmose tiveram resultados negativos. A biópsia da lesão resultou na identificação de Sporothrix schenckii em cultura. O tratamento ambulatorial com itraconazol não obteve resposta clínica satisfatória, necessitando de nova internação para tratamento com anfotericina B. Durante o tratamento com anfotericina B, o paciente apresentou melhora progressiva dos sintomas, com redução da dor, cicatrização da lesão orofaríngea e recuperação do estado nutricional. Após 10 dias de tratamento, o paciente recebeu alta hospitalar com orientações para continuidade do itraconazol por via oral.

Conclusão

A esporotricose em pacientes imunocomprometidos pode se manifestar de forma mais agressiva e de difícil tratamento. A terapia antifúngica é a principal forma de tratamento, sendo o itraconazol a opção de primeira linha em casos menos graves. No entanto, em casos mais graves ou com falha terapêutica, a anfotericina B pode ser necessária. No caso descrito, o paciente apresentou uma forma potencialmente grave de esporotricose orofaríngea, com falha terapêutica ao itraconazol e necessidade de tratamento com anfotericina B. Pacientes com HIV/Aids apresentam maior risco de infecções fúngicas oportunistas, como a esporotricose, que podem se manifestar de forma mais grave. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o manejo desses casos. No caso apresentado, a utilização da anfotericina B foi crucial para a resolução do quadro clínico do paciente.

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