Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: MICROBIOLOGIA
Full text access
EP-444 - DETERMINAÇÃO DA COLONIZAÇÃO E DETECÇÃO DE DELTA-TOXINA EM ISOLADOS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS DE PACIENTES COM DERMATITE ATÓPICA E SEUS CUIDADORES
Visits
37
Helena S. Rocha V. Dannecker, Beatriz N. Barros Leal, Bruna Fuchs de Pinho, Cristina Laczynski, Fernando L. Affonso Fonseca, Inneke Marie Van Der Heijden
Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória que apresenta lesões agudas características na pele, em que o principal colonizador é Staphylococcus aureus. A colonização por S. aureus, especialmente por cepas virulentas, leva a uma ampliação da doença, sendo um fator de complicação. Esta bactéria é capaz de produzir delta-toxina, contribuindo para a intensidade dos sintomas.

Objetivo

Determinar a colonização por S. aureus de crianças e adolescentes e seus respectivos cuidadores e relacionar o agravamento da DA com colonização ou possíveis reinfecções ocasionadas pelo cuidador.

Método

A pesquisa foi realizada em pacientes nos ambulatórios de Pediatria e Dermatologia do Centro Universitário FMABC, num período de 18 meses. Foram coletados swabs de amostras de sítios inguinal, nasal e de lesões (se presentes). Os swabs foram cultivados por métodos clássicos e os isolados de S. aureus foram submetidos à detecção de delta-toxina. O projeto foi aprovado pelo CEP (Parecer 1.474.976).

Resultados

O estudo foi feito com 124 indivíduos (62 pacientes e 62 cuidadores). Observou-se que a taxa de colonização de S. aureus nos pacientes foi de 77,4% (48/62) e 41,9% (26/62) nos cuidadores. Entre os 24 pacientes que possuem DA grave, 75,0% eram colonizados, obtendo-se 15 resultados positivos para colonização no sítio nasal, 10 no inguinal e 13 na lesão de pele. Dentre os 10 pacientes com DA moderada 100% eram colonizados, sendo 8 resultados positivos para colonização no sítio nasal, 5 no inguinal e 4 na lesão. Entre os cuidadores, 41,9% foram colonizados pelo S aureus, sendo 19 resultados positivos para o sítio nasal e 16 para o sítio inguinal. Além disso, a presença da produção de delta-toxina nos isolados de S. aureus foi de 28,6% nos pacientes com DA grave ou moderada e 17,5% nos cuidadores. Logo, do total de isolados de S. aureus obtidos a partir de amostras de pacientes.

Conclusão

Observou-se a colonização da maioria dos pacientes com DA e de seus cuidadores por diferentes cepas de S. aureus, incluindo cepas produtoras de delta toxina. É possível que a presença desta enzima seja um importante gatilho para agravamento da DA. Vale ressaltar também que a pesquisa da colonização, não só nos pacientes mas também em seus respectivos cuidadores, é de grande relevância pois os cuidadores podem ser uma importante fonte de recolonização ou reinfecção das crianças e adolescentes com DA, proporcionando um agravamento da doença e uso frequente de antimicrobianos.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools