14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoTem se constatado o aumento do número caso notificados de infecções por HIV/AIDS na população idosa nas últimas décadas dessa pandemia. Apesar de parecer uma epidemia controlada, a sua compreensão desafia explicações convencionais ao analisar se grupos não tradicionalmente em risco desta doença. Essa nova realidade exige uma análise detalhada dos fatores que estão contribuindo para o aumento do número de casos podendo estar associado para além de fatores individuais de risco, mas também a elementos contextuais que caracterizam esses grupos.
ObjetivoTem se constatado o aumento do número caso notificados de infecções por HIV/AIDS na população idosa na última década. O objetivo deste estudo foi avaliar se os elementos do contextuais socioeconômicos que influenciam a tendência das notificações de HIV na população idosa do Brasil.
MétodoTrata-se de um estudo ecológico exploratório de dados secundários obtidos através do DATASUS e IBGE, no período de 2011-2022 das notificações por HIV, na população de 60 anos de todas as regiões do país. Foram coletados dado sobre: o PIB, tamanho da população (TamP), renda média domiciliar per capita (RenF), taxa de analfabetismo (TxAna) e taxa de desemprego (TxDes). Foi realizado uma análise descritiva, construção de gráficos e tabelas; realizado uma padronização para minimizar o efeito das populações de cada uma das regiões e levados ao SPSS (Statistical Package for Social Siense, V.21), onde foi realizada teste de correlação de Sperman. Tomando como referência a significância de 5%.
ResultadosA análise descritiva demostrou que ao longo dos 11 anos foram notificados 25.660 casos entre idosos. Foi evidenciado que a região sudeste concentrou o maior número de casos comparada com as outras regiões totalizando 40 %, seguido pela população sul, com 24%. No entanto, a análise padronizada da população demonstrou uma correlação negativa entre TamP e o PIB, evidenciando que quanto maior a população e o PIB, menor o número de casos, ficando evidenciado um aumento de tendência nos casos nas regiões norte, nordeste e centro oeste; declínio na região sudeste e estabilidade a região sul.
ConclusãoA notificação de casos de HIV esteve correlacionada, com variáveis que refletem maior grau de desigualdades sociais e rede de saúde menos estruturadas, o que revelou que apesar de ter um menor número de casos possuem uma maior tendência no aumento de casos de HIV.