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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-411 - PREVALÊNCIA DE MUTAÇÕES DE RESISTÊNCIA À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DE ATENDIMENTO A PACIENTES INFECTADOS POR HIV
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Ingrid Alencar Bento, Cássia Fernanda Estofolete
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São José do Rio Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O HIV, causador da AIDS, é uma doença crônica gerenciável por meio da Terapia Antirretroviral (TARV). A seleção de variantes resistentes ao HIV-1 durante o tratamento pode comprometer a eficácia da TARV. A monitorização constante do HIV-1 é crucial para se obter dados clínicos e epidemiológicos de portadores do vírus, permitindo a detecção precoce de problemas relacionados à falha terapêutica.

Objetivo

Estimar a prevalência de mutações de resistência à terapia antirretroviral em pacientes infectados pelo HIV e possíveis fatores associados à sua ocorrência, em centro de referência de atendimento ambulatorial e hospitalar em São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, entre 2015-2021.

Método

Revisão de prontuários de pacientes com HIV do serviço de Infectologia do Hospital de Base de São José do Rio Preto, que realizaram exames de genotipagem, no contexto de falha virológica, para mutações de resistência ao HIV entre janeiro de 2015 e dezembro de 2021. Os dados foram analisados por meio do software SPSS para IOS (versão 28, SPSS, Inc; Chicago, Il, USA).

Resultados

Das 44 genotipagens incluídas, 29 foram de indivíduos do sexo masculino e 15 feminino, com média de idade de 43 anos. O percentual de mutações de resistência foi de 86,4% para inibidores análogos, 77,3% para inibidores não análogos, 52,2% para inibidores de protease e 14,3% para inibidores de integrase. O tempo de infecção por HIV inferior a 10 anos foi o único preditor identificado como associado à falha virológica. Pacientes com mais de 10 anos de diagnóstico tiveram 5,51 vezes mais chances de alcançar supressão viral após seis meses de genotipagem (IC 95% 1,25-24,3; p = 0,024).

Conclusão

O perfil de mutações em nosso serviço assemelha-se ao padrão nacional, com predominância do sexo masculino, idade acima de 40 anos e nível de escolaridade alta (acima de 11 anos). Notamos maiores taxas de resistência em análogos (86,4% vs. 52,6%) e não análogos (77,3% vs. 53,4%). Em contraste, a resistência nacional aos inibidores de protease é baixa (11,2%), um pouco mais alta para inibidores de integrase (15,9%). Reforça-se a importância da genotipagem para detectar falha virológica precocemente e prevenir resistência à terapia antirretroviral.

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