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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-335 - CRIPTOCOCOSE MIMETIZANDO NEOPLASIA PULMONAR: RELATO DE CASO
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Pâmela Sarto Lopes, Nathália Bianconi Coimbra, Hugo O.R. Sumihara, Carolina C.F. Pereira, Paulo Pera Neto, Matheus Ferreira Rodrigues, Julia Vilela Rezende, Luciana dos Anjos Miranda, Eduarda Schuller de Toledo, André Giglio Bueno
Hospital da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Criptococose é uma doença causada pelos fungos leveduriformes Cryptococcus gatti ou Cryptococcus neoformans. Os quadros invasivos são mais frequentes em imunossuprimidos, porém, há ocorrência de casos em pacientes imunocompetentes. A criptococose pulmonar pode apresentar-se clinicamente com quadro de tosse com expectoração mucoide, febre, dispneia, hemoptise, dor torácica, perda ponderal e pode evoluir para insuficiência respiratória e óbito. Na tomografia computadorizada (TC) de tórax os achados mais frequentes são nódulos pulmonares, consolidações, opacidade em vidro fosco e cavitações. Por outro lado, a neoplasia pulmonar tem incidência maior que a criptococose pulmonar e seu principal fator de risco é o tabagismo. Clinicamente, apresenta sintomas semelhantes a quadros infecciosos pulmonares com exames de imagem com padrão de acometimento variável conforme o tipo histológico e malignidade.

Objetivo

Relatar caso de paciente idoso, tabagista e imunocompetente com quadro de criptococose mimetizando neoplasia pulmonar.

Método

Relato de caso e revisão de literatura.

Resultados

Paciente do sexo masculino, idoso, tabagista e imunocompetente, com quadro de dispneia progressiva e emagrecimento iniciados cerca de 30 dias do primeiro atendimento, com TC de tórax que evidenciava nódulos de características malignas em pulmão esquerdo. Foi submetido a biópsia por radiointervenção cujo resultado foi negativo para neoplasia, mas foram visualizadas estruturas compatíveis com leveduras e a pesquisa adicional com coloração de Grocott confirmou que se tratava de leveduras capsuladas características de Cryptococcus. Paciente foi tratado com Fluconazol por 12 meses, com boa resposta clínica e radiológica.

Conclusão

Casos como este refletem a importância do diagnóstico diferencial frente à hipótese inicial de uma neoplasia pulmonar e a inclusão sistemática das micoses endêmicas entre os diagnósticos diferenciais na investigação de nódulos pulmonares. Em geral há atraso significativo no diagnóstico das micoses pulmonares pois a investigação acaba se limitando às neoplasias e à tuberculose pulmonar entre as etiologias infecciosas, de modo que os testes diagnósticos adequados não são solicitados. Sendo assim, é fundamental o compartilhamento de casos como esse para reforçar a importância das micoses endêmicas no cenário das patologias pulmonares a contribuir para uma suspeição precoce e investigação adequada.

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