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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-334 - PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO INDÍGENA COM TUBERCULOSE EM UM ESTADO DO SUL DO BRASIL DE 2007-2023
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Luana Graziely Parra da Silva, Caroline Hermann, Renata Pires de Arruda Faggion, Laura Alves Moreira Novaes, Ana Beatriz Floriano de Souza, Flávia Meneguetti Pieri
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo curável com o tratamento adequado. A tuberculose continua sendo um importante problema de saúde global atingindo altos níveis em seguimentos sociais principalmente na população indígena devido as lacunas de políticas públicas, dificuldade do acesso a saúde e da incorporação de práticas biomédicas no tratamento da TB em comunidades indígenas.

Objetivo

Descrever o perfil clínico-epidemiológico da população indígena com Tuberculose em um estado do sul do Brasil entre 2007-2023.

Método

Estudo quantitativo, transversal e descritivo realizado com dados obtidos pelas fichas de notificação de tuberculose em indígenas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado do Paraná do período de 2007 a 2023. Foi realizada tabulação de dados cruzada e análise de frequências simples através do software Statistical Package for the Social Science versão 22.0, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 38855820.6.0000.5231).

Resultados

Dos 43.458 casos de tuberculose notificados no período analisado, 179 se autodeclaram indígenas. Quanto à forma, 78,8% apresentaram a forma pulmonar e apenas 15,1% a forma extrapulmonar, no diagnóstico 53,1% realizaram Baciloscopia de Escarro e obtiveram resultado positivo, dos achados no RX, 78,8% eram suspeitos e para cultura de escarro 20,1% eram positivos. Predomínio do sexo masculino 59,2%, a média de idade foi de 34 anos, com até 9 anos de estudos 54,7%. Aos agravos associados, destaca-se o uso de álcool 24,6%, seguido do tabagismo 8,4% e diabetes 7,8%, obtendo o desfecho de cura em 64,8% dos casos, 7,3% de abandono e 3,9% de óbitos por tuberculose. Nota-se a maior frequência de notificações em zonas rurais e periurbanas 58,7%, ocorrendo em maior prevalência na 5ª Regional de Saúde do Estado, sendo os municípios de pequeno porte com maior taxa 64,8%.

Conclusão

O estudo evidenciou maior prevalência de casos de tuberculose no sexo masculino, com baixa escolaridade, habitando zonas rurais e periurbanas, maior agravo de saúde voltada para o uso de bebidas alcoólicas e com maior desfecho de cura. Os dados evidenciam que a tuberculose afeta desproporcionalmente a população indígena, deste modo é necessário contribuir para o fortalecimento de ações em saúde de controle específico, ações sistemáticas para controle da tuberculose e intervenções intersetoriais.

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