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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-333 - NEUROESQUISSOSTOMOSE: ESTUDO DO PERFIL E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
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Eduarda Mendes Souza, Leandro Abranches Silva
IMEPAC Centro Universitário, Araguari, MG, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A neuroesquissostomose (NE), é o comprometimento do sistema nervoso diretamente pelo parasita ou indiretamente pela deposição de complexos imunes circundantes, sendo a forma ectópica mais frequente e incapacitante da infecção esquistossômica (acontece em 30% dos portadores de esquitossostomose. A NE pode se manifestar clinicamente por meningomielorradiculite, mielite, ou medular, entre outras. Uma de suas formas é a neuroesquistossomose da medula espinhal (NEME), que ao contrário da forma cerebral é sintomática na maioria dos casos. Considerada inicialmente rara, a NEME tem sido cada vez mais diagnosticada. Acomete mais frequentemente adultos jovens, do sexo masculino, portadores da forma intestinal ou hepatointestinal, em plena fase produtiva da vida. Quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a sequelas irreversíveis com consequentes prejuízos pessoais e sociais.

Objetivo

Dessa forma a presente análise descritiva tem como objetivo ressaltar a necessidade da investigação em pacientes com epidemiologia positiva, provenientes de zonas endêmicas com doença neurológica de etiologia não esclarecida.

Método

O presente artigo realizado trata-se de uma revisão literária, em que as referências foram retiradas nas bases de dados Scielo e PubMed.

Resultados

: Pode-se dividir a NEME em três formas clínicas: forma medular com predomínio do envolvimento medular (a que apresenta pior prognóstico), forma mielorradicular, e a forma da síndrome do cone (de prognóstico mais favorável). Os pacientes com NEME, raramente, apresentam evidência da esquistossomose sistêmica. Na prática, o diagnóstico é presuntivo e se baseia em dados clínicos, epidemiológicos, na confirmação da infecção pelo S. mansoni, através de exame de fezes e/ou biópsia retal e na exclusão de outras possíveis causas de acometimento medular. A tríade clínica clássica da NEME é composta por dor lombar ou de membros inferiores (MMII), disfunção vesical e fraqueza de MMII. O tratamento da NEME é feito primariamente com corticóide associado ao praziquantel. A maioria dos pacientes apresenta melhora clínica rapidamente após a introdução dos corticosteróides. No entanto, a necessidade da manutenção do corticoide pode ser muito variável de um paciente para outro.

Conclusão

O tratamento precoce dessa doença é fundamental para se evitar sequelas. As dificuldades no reconhecimento do comprometimento do sistema nervoso frequentemente limitam o seu diagnóstico, pois pode apresentar uma grande variedade de complicações.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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