14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoA infecção pelo H. pylori acarreta importantes consequências na saúde, como gastrite, úlceras pépticas e câncer gástrico, atingindo grande parte da população mundial. A prevalência da infecção varia em todos os países e depende principalmente do estilo de vida das diferentes áreas geográficas. É adquirida principalmente na infância e se caracteriza pela cronicidade, principalmente pela via fecal-oral.
ObjetivoDesta forma, o presente artigo tem como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os impactos causados pelo H. pylori e apontar possíveis estratégias para a reversibilidade do quadro.
MétodoO presente artigo realizado trata-se de uma revisão literária, em que as referências foram retiradas nas bases de dados Scielo e PubMed, além de periódicos da área da saúde e monografias, com os seguintes descritores: H. pylori, úlcera péptica e câncer gástrico.
ResultadosDiante da revisão literária realizada, entende-se que a mais frequente patologia causada pelo H. pylori é a gastrite crónica simples, que pode evoluir para gastrite atrófica ou metaplasia intestinal, que por sua vez pode evoluir para displasia gástrica, e futuramente em 1% da população tem-se o adenocarcinoma. Sendo assim, em um hospedeiro susceptível, essa infecção pode causar gastrite crônica ativa, que pode evoluir para doença ulcerosa péptica gastroduodenal, a adenocarcinoma, assim como a linfoma do tecido linfóide associado à mucosa gástrica MALT, evidenciando que o desenvolvimento destas patologias está interligado. Os fatores de risco gerais relacionados com a doença estão a idade maior que 60 anos, uma história de úlcera péptica e suas complicações e existência de uma patologia associada ou grave.
ConclusãoConclui-se que a infecção pela H. pylori é um problema de saúde pública de grande importância devido a suas complicações, incluindo gastrite crónica, úlceras pépticas (presentes em 15% dos pacientes), câncer gástrico. É necessário, portanto, um diagnóstico precoce já que é geralmente feito numa fase avançada de progressão da doença, e tratamento eficaz para que seja erradicada. Apesar de o tratamento possuir alta taxa de cura (80-90%), ser simples e bem tolerado ainda precisa estabelecer medidas sócio-politicas que proporcionem melhora das condições de vida da população em geral. Para a reversibilidade do quadro é imprescindível que a prevenção primária seja adotada, principalmente porque na infância a taxa de infecção é maior sendo que mesmas estão submetidas a locais e situações de risco, como creches.