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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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(October 2024)
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EP-331 - SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO E COLETORES MENSTRUAIS: FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO
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Heloísa Rodrigues Marmé, Rubén Darío Soares Núñez, Laura Vale Farao, Giovanna Nardozza Martinez Reis, Deborah Christine R. Soares de Núñez
Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), Santos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O coletor menstrual, feito de silicone ou borracha, é projetado para ser inserido na vagina e coletar o fluxo menstrual, podendo ser reutilizado por até uma década. Embora os absorventes internos já tenham sido firmemente associados à Síndrome do Choque Tóxico (SCT), alguns casos também foram relacionados ao uso de coletores menstruais. Nessa perspectiva, com o crescente aumento da popularidade desses dispositivos menstruais, é crucial investigar mais a fundo a fisiopatologia subjacente, além de aprimorar o manejo clínico desta condição.

Objetivo

Descrever a fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da Síndrome do Choque Séptico associada ao uso de coletores menstruais.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em abril de 2024, a partir das bases de dados eletrônicas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo e PubMed. Para a busca foram estabelecidos os seguintes descritores: ''Shock, Septic'' e ''Menstrual Hygiene Products''. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados na íntegra, período entre 2005 e 2024 e idiomas Português, Inglês e Espanhol. Ao final da análise foram selecionados 07 artigos para desenvolver o presente estudo.

Resultados

Aponta-se que o uso de coletores menstruais pode aumentar o risco de Síndrome do Choque Tóxico (SCT), devido à promoção do crescimento bacteriano, incluindo Staphylococcus aureus. A SCT é desencadeada pela liberação de toxinas bacterianas, como a toxina 1 do TSS do S. aureus (TSST-1), que atuam como superantígenos, levando a uma resposta imunológica intensa com liberação de citocinas. Embora a detecção direta da TSST-1 não seja essencial para o diagnóstico da SCT, a identificação dos critérios clínicos é fundamental, tais como febre, hipotensão, eritrodermia difusa e disfunção de múltiplos sistemas orgânicos. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo ressuscitação volêmica, vasopressores e terapia antimicrobiana específica. A clindamicina e a linezolida destacam-se como opções terapêuticas potencialmente eficazes no tratamento da SCT associada ao uso de coletores menstruais.

Conclusão

Compreender a fisiopatologia, diagnosticar precocemente e instituir um tratamento eficaz são essenciais para melhorar os desfechos dos pacientes com Síndrome do Choque Tóxico associada ao uso de coletores menstruais. Nesse sentido, destaca-se a importância da pesquisa contínua sobre essa relação, além da necessidade de estratégias preventivas, como a higiene correta do dispositivo, para mitigar esses riscos.

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