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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-315 - CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE UROPATÓGENOS RESISTENTES À FOSFOMICINA ISOLADOS DE PACIENTES ATENDIDOS EM 34 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBSS)
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Inneke Marie Van Der Heijden, Danilo Gennari da Costa, Leticia Silva Figueiredo, Daniela A. Verlotta Pestili, Raquel Enma Hurtado Castillo, Alexandre José Natário, Catarina Pallares Almeida, Nazareno Scaccia, Fernando L. Affonso Fonseca, Silvia Figueiredo Costa
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A resistência à fosfomicina em Enterobacterales representa uma preocupação crescente, limitando as opções de tratamento.

Objetivo

Para determinar os principais uropatógenos resistentes à fosfomicina e seus padrões moleculares, avaliamos isolados de uroculturas de pacientes atendidos nas UBS.

Método

Os dados foram obtidos de janeiro/2021 a dezembro/2022. A identificação bacteriana foi feita por MALDI-TOF. Os testes de suscetibilidade foram realizados conforme BrCAST. A detecção de carbapenemases foi feita por teste imunocromatográfico. PCR do gene fosA e sequenciamento do genoma completo (WGS) com plataforma Ion Torrent foram realizados para isolados resistentes à fosfomicina. Os participantes preencheram um questionário e os resultados foram analisados por EPINFO.

Resultados

Foram realizadas 56.549 uroculturas em 2021 e 50.544 em 2022 nas 34 UBS. A resistência à fosfomicina foi observada em 1,1% dos isolados em 2021 e em 1,12% em 2022 (total de 158 isolados). Em 2021, 38,75% (31/80) de K. pneumoniae eram resistentes à fosfomicina, seguida por E. coli (30%; 24/80). Em 2022, E. coli foi identificada em 75,6% (59/78) seguida por K. pneumoniae (19,2%; 15/78). A PCR convencional do gene fosA foi positiva em 42,4%. Os valores de CIM variaram de 0,5 a > 256 μg/mL e 83,8% desses isolados apresentaram CIM ≥ 8 μg/mL para fosfomicina. A resistência à fosfomicina apresentou CIM50 de 64μg/mL e CIM90 > 256 μg/mL. Um total de 16 isolados de Enterobacterales foram resistentes a 3 carbapenêmicos testados, e 75% foram positivos para KPC e 15% para ESBL. De 56 pacientes que responderam ao questionário, 26,8% relataram ITU de repetição, 30,4% mencionaram internação prévia e 48,2% usaram antimicrobianos nos últimos 6 meses. De acordo com dados obtidos pelo WGS de 94 isolados, 47,9% foram identificados como K. pneumoniae e 40,4% E. coli. O gene fosA foi encontrado em 36,7% (58/158), sendo 60,4% fosA6 e 17,2% fosA8. Outros genes de resistência à fosfomicina foram detectados (SNPs de glpT 30,9%; uhpT 52,1%; mdtG 29,8% e cyaA 5,3%). O gene blaKPC-2 foi detectado 10,6% de K. pneumoniae.

Conclusão

E. coli é o uropatógeno mais frequente, porém sua resistência à fosfomicina ainda é baixa. Isolados de K. pneumoniae apresentaram resistência aos carbapenêmicos e à fosfomicina, mostrando que tal resistência pode ser detectada em isolados comunitários. O perfil molecular mostrou que estes isolados podem carregar diferentes genes de resistência, incluindo os genes fosA e blaKPC-2.

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