Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
EP-287 - ITINERÁRIO TERAPÊUTICO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV EM SUPRESSÃO VIRAL SUSTENTADA: DO DIAGNÓSTICO A VINCULAÇÃO
Visits
58
Renata Pires de Arruda Faggion, Thamyris Lucimar Pastorini Gonça, Gilselena Kerbauy
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

O itinerário terapêutico configura-se como uma importante estratégia para a compreensão das formas de cuidado em diferentes realidades vividas, portanto, entender as especificidades dos percursos terapêuticos de pessoas vivendo com HIV/aids em supressão viral sustentada pode contribuir com o fortalecimento e resolutividade de questões que ainda permeiam os serviços especializados de saúde.

Objetivo

Apreender as representações sociais sobre o itinerário terapêutico de pessoas vivendo com HIV em supressão viral sustentada.

Método

Estudo qualitativo, realizado em dois serviços especializados de saúde tendo como amostra 15 pessoas em tratamento para HIV/aids e que estão em supressão viral desde o início do tratamento antirretroviral. A coleta de dados ocorreu em 2022, a partir de entrevistas audiogravadas. Os dados foram analisados pela técnica do discurso do sujeito coletivo.

Resultados

Os discursos foram elaborados a partir de quatro categorias: 1) Sintomas após o diagnóstico e sentimentos emersos, versando sobre os indícios físicos da infecção pelo HIV, o medo da morte a partir do resultado positivo, a culpa e/ou dúvida de quem transmitiu o vírus, a negação da condição de saúde e o receio de revelar o diagnóstico à família; e 2) O despertar para a adesão ao tratamento, que enfatizou a busca por informações sobre a doença, o acolhimento/apoio da equipe multidisciplinar para o início da terapia antirretroviral, a decisão de ampliar o autocuidado e seguir o tratamento regularmente; 3) Fragilidades/ Dificuldades no tratamento, entre elas, os rótulos sociais negativos intrínsecos ao HIV, que dificultaram e potencializaram a discriminação desse público; e 4) As Perspectivas futuras da Pessoa que Vive com HIV/aids, que retratou a compreensão dos participantes em associar sua existência pessoal para além do tratamento da doença, almejando assim a qualidade de vida.

Conclusão

: Observou-se que o momento da descoberta do diagnóstico ainda impacta os pacientes de maneira negativa, porém conforme há a busca por conhecimento sobre a doença e esclarecimento a respeito do seu tratamento contínuo, aliado ao acolhimento empático da rede de apoio dessas pessoas, o processo de aceitação e autocuidado é facilitado, o que contribui para uma qualidade de vida comparável a de uma pessoa que não possui HIV.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools