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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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(October 2024)
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EP-289 - PREP: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DO PERFIL DOS USUÁRIOS
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Amanda Aparecida da S. Machado, Gabriela Leite de Camargo
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para o HIV foi implementada em 2018 e a partir daí a sua procura foi aumentando ao longo dos anos. Todavia, apenas alguns grupos são os que mais lançam mão da sua utilização.

Objetivo

Fazer uma análise histórica do perfil dos usuários da PrEP ao longo dos anos de implantação até os dias atuais.

Método

Estudo descritivo e exploratório, caracterizado por apresentar o perfil dos usuários da PrEP no período entre 2018-2024, utilizando dados secundários disponibilizados pelo Painel PrEP do Ministério da Saúde.

Resultados

Desde 2018, 166.563 pessoas iniciaram a PrEP. Enquanto no ano da implementação só haviam 62 municípios dispensadores e 8.215 usuários adquirindo esse direito. Em 2023 a Profilaxia Pré-Exposição estava inserida em 548 municípios e na vida de 110.662 brasileiros. Em 31 de março de 2024, 122.547 usuários haviam realizado pelo menos uma dispensa nos últimos 12 meses, tendo 31% de descontinuidade (37.621). Tivemos ativas 966 Unidades Dispensadoras de PrEP no país nos últimos 12 meses. Dos usuários ativos, 71% possuem escolaridade de 13 anos ou mais e 30-39 anos foi a faixa etária que mais tem utilizado (41.7%), seguido de 25-29 anos (23.3%). Em relação à raça/cor, 55% são brancos ou amarelos, 31% pardos e apenas 13% pretos. Gays e outros HSH cis são 82.2%, 6.7% homens heterossexuais cis, 5,8% mulheres cis, 3% mulheres trans, 1,7% homens trans, 0,4% não binários e apenas 0.2% travestis.

Conclusão

A despeito do enorme avanço do Ministério da Saúde em oferecer essa estratégia de prevenção combinada contra o HIV, a pesquisa evidencia que o perfil beneficiado é bastante desigual, com diminuta adesão daquelas com baixa escolaridade, negros e outras pessoas que não gays e outros HSH cis. O presente estudo ratifica a importância de uma saúde com mais equidade, possibilitando que essa ferramenta tão necessária tenha seu acesso ampliado.

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