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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-175 - PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA - PAVM: DESCRIÇÃO DO PERFIL MICROBIOLÓGICO ENTRE PACIENTES INTERNADOS NA UTI DE UM HOSPITAL SENTINELA NA CIDADE DE MANAUS-AM
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Fagner Chagas Raulino Andrade, Ana Paula Sampaio Feitosa, Antônio Fernandes Barros Lima Neto, Antônio Janderson Rodrigues da Silva, Noaldo Oliveira de Lucena
Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Manaus, AM, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) é uma infecção pulmonar adquirida no hospital devido ao uso prolongado do ventilador mecânico invasivo. Essa infecção é grave e pode levar a complicações sérias, como insuficiência respiratória, sepse. Nesses casos, os agentes agressores são geralmente constituídos por patógenos gram-negativos multirresistentes, como Pseudomonas aeruginosas, Acinetobacter, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella, Enterobacter e Proteus mirabilis. A relevância deste estudo se dá pelo aumento significativo na morbimortalidade e nos custos de assistência à saúde dos pacientes portadores de PAVM.

Objetivo

Mostrar o perfil microbiológico e de resistência aos antimicrobianos dos patógenos encontrados em amostras de pacientes internados nesta UTI no período de 2019 a 2023 em Manaus, Amazonas.

Método

Tratou-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com uma abordagem quantitativa de análise de variáveis existentes no banco de dados da CCIH, incluindo indivíduos internados nas Unidades de Terapias Intensivas, no período de 2019 a 2023.

Resultados

No período deste estudo, foram diagnosticados e notificados 179 casos de pneumonia associada a ventilação mecânica. Em 2019, 27% dos casos do agravo em questão deu-se pelo patógeno Klebsiella pneumoniae sensível a cefalosporinas de 3a geração. Já no ano de 2020, o principal patógeno foi a Pseudomonas aeruginosa sensível aos carbapenêmicos com 19% dos casos. No biênio 2021-2022, mostrou-se mais presente a Klebsiella pneumoniae também sensível a cefalosporinas de 3a geração, representando 35% e 28%, respectivamente. Em 2023, 44% dos casos deu-se pelo microrganismo Klebsiella pneumoniae, sendo ela resistente aos carbapenêmicos.

Conclusão

Houve um acometimento significativo por Klebsiella pneumoniae. Notou-se que no ano de 2020, durante o período da pandemia do COVID-19, ocorreu uma mudança no patógeno mais frequentemente encontrado, possivelmente justificada por esse agravo mundial. Notou-se, ainda, que no ano de 2023 o patógeno é resistente a carbapenêmicos, o que demonstra a ineficácia destes para o tratamento adequado da pneumonia associada a ventilação mecânica no contexto da Unidade de Terapia Intensiva. Os achados deste estudo ratificam a relevância dos levantamentos epidemiológicos de forma contínua e sistemática para melhor entendimento dos aspectos terapêuticos, clínicos e biológicos dos patógenos relacionados com a PAVM e das abordagens clínicas na vigilância de infecções relacionadas a assistência à saúde.

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