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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-176 - OSTEOMIELITE ASSOCIADA A FIXAÇÃO DE FRATURAS EM HOSPITAL REFERÊNCIA DE TRAUMA DO CEARÁ: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, CIRÚRGICO E MICROBIOLÓGICO EM UM ANO DE INTERNAMENTO
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Ítalo Sousa Moraes Castro, Maria Isadora Fernandes Dias, Mariana Fontenele Ferreira Hiluy, Melyssa Cavalcante Santana, Glaydson Assunção Ponte, Antônio Mauro Barros Almeida Júnior
Instituto Doutor José Frota (IJF), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A osteomielite associada a fixação de fraturas tem importância crescente pelo aumento do número de cirurgias com uso de implantes e do número de traumas associados a fraturas expostas.

Objetivo

Caracterizar o tratamento e o perfil microbiológico das osteomielites internadas no Instituto Dr. José Frota (IJF), hospital referência em trauma no Ceará.

Método

Coorte retrospectiva, baseado na revisão de prontuários de pacientes com mais de 18 anos e diagnóstico de osteomielite por cultura de fragmento ósseo ou material de síntese, internados no IJF no ano de 2023. Recebeu aprovação do comitê de ética do IJF (n° protocolo 6.624.375).

Resultados

Foram incluídos 109 pacientes com diagnóstico de osteomielite com prontuário disponível para revisão, sendo 95,4% associadas a fixação de fraturas. A mediana de idade foi de 44 anos e a prevalência do sexo masculino de 80,7%. Fratura exposta aconteceu em 56% dos pacientes. O mecanismo de trauma mais prevalente foi acidente automobilístico (63,3%). A mediana de tempo de internamento foi 51 dias e 59,6% dos pacientes esperaram mais de um mês para a realização da cirurgia definitiva. Os microrganismos mais isolados foram Staphylococcus aureus (38,5%), Pseudomonas aeruginosa (27,5%), Klebsiella pneumoniae (12,9%), Acinetobacter baumannii (9,2%), Staphylococcus coagulase negativo (9,2%) e Escherichia coli (6,4%). S. aureus apresentavam sensibilidade de 92,9% a glicopeptídeos, 95,2% a sulfametoxazol-trimetoprim, 28,6% a rifampicina, 26,2% a clindamicina e 2,4% a levofloxacina. S. aureus coagulase-negativo apresentavam 100% de sensibilidade a glicopeptídeos e 70% a sulfametoxazol-trimetoprim. P. aeruginosa apresentavam 26,9% de resistência a carbapenêmicos, 30,8% a ceftolozane-tazobactam e 7,7% a ceftazidima-avibactam. Entre os isolados de K. pneumoniae, 50% apresentavam resistência a carbapenêmicos e destes, apenas 33,3% eram sensíveis a ceftazidima-avibactam. A. baumannii resistentes aos carbapenemicos totalizaram 75% dos isolados deste microorganismo e apresentaram 100% de sensibilidade à polimixina B e 16,7% de sensibilidade a tigeciclina (todos resistentes aos aminoglicosídeos e as quinolonas). E. coli apresentou 28,6% de produção de ESBL.

Conclusão

Em geral, houve um longo tempo de internamento e espera pela cirurgia definitiva. Há provável alta prevalência de produção de carbapenemases por gram-negativos, incluindo P. aeruginosa. Sulfametoxazol-trimetoprim, neste cenário, é uma boa opção de tratamento oral para gram-positivos.

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