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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-157 - ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS COM AIDS NO BRASIL DURANTE O PERÍODO DE 2017 A 2023
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Isadora Pereira do Nascimento, Catarina Spohr Saretta, Beatriz Alves Gonçalves, Melissa Fernandes Vilela de Freitas, Luiza Bisognin Marche, Heloísa Rodrigues Marmé
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Campus Mauá, Mauá, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é o estágio avançado da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca e enfraquece o sistema imunológico. A doença é definida por uma contagem de células TCD4 inferior a 200 células/mm³. Inicialmente, a AIDS foi percebida como infecção que afetava jovens, no entanto, nos últimos anos, devido ao aumento dos casos e à percepção equivocada sobre a sexualidade na terceira idade, os idosos foram negligenciados em medidas de prevenção a transmissão do vírus. Como resultado, nas últimas décadas, um número crescente de casos de AIDS tem sido diagnosticado em indivíduos acima dos 60 anos.

Objetivo

Descrever a ocorrência de AIDS em idosos durante os anos de 2017 a 2023 nas diversas regiões do Brasil.

Método

Estudo ecológico realizado a partir de dados do Painel de Epidemiologia e Morbidades, situados no DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). Foram coletadas informações sobre o número de notificações por região durante os anos de 2017 a 2023 em pessoas com mais de 60 anos. A análise estatística descritiva foi realizada no Microsoft Excel através do cálculo da diferença de frequência percentual por região de notificação.

Resultados

Observou-se um total de 15.623 notificações durante o período, sendo que mais de 58% dessas notificações foram em idosos do sexo masculino. A região Sudeste apresentou a maior taxa de notificação (17,5%), enquanto a região Norte obteve o menor número de diagnósticos no período (3,7%). Observou-se também a elevação nas notificações ano a ano, este aumento pode ser explicado pelo estigma associado à sexualidade na velhice, que dificulta o acesso à informação e o entendimento da necessidade de buscar ajuda, tornando os idosos mais vulneráveis. Além disso, um dos maiores desafios na gestão da AIDS em idosos é o diagnóstico tardio, pois os sintomas da infecção podem ser confundidos com os de doenças comuns na terceira idade, como hipertensão e doenças cardiovasculares, o que pode levar ao subdiagnóstico.

Conclusão

Os resultados indicam a necessidade de mais estudos para entender a vulnerabilidade desse grupo e desenvolver medidas de rastreio e prevenção, visando reduzir as taxas de infecção e garantir tratamento nos estágios iniciais da doença. É crucial que os profissionais de saúde reconheçam os sinais de infecção e promovam diagnósticos precoces, já que o manejo das comorbidades e a adaptação dos regimes de tratamento são essenciais para assegurar a qualidade de vida desses pacientes.

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