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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-151 - "POSITIVE AGING COHORT" - MAIOR EFETIVIDADE DA TARV HIV EM PACIENTES 50+ EM UMA COORTE DE VIDA REAL BRASILEIRA
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Pietra Vivian Stanicki, Ana Lígia Queiroz Arruda, Gabriel F.S. Barros, Lorena Marins Alvarenga, Mariana Ferreira Morais, Matheus Feitosa Azevedo, Ricardo Mastandrea Juliano, Amanda Machado, Natalia de Albuquerque, Alexandre Naime Barbosa
Faculdade de Medicina - Infectologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A efetividade da terapia antirretroviral no tratamento da Infecção pelo HIV (TARV-HIV) exibe aspectos multifatoriais que além da potência e barreira genética dos antirretrovirais, engloba questões como adesão, toxicidade, comorbidades e interação medicamentosa, entre outros. Em Pessoas Vivendo com HIV (PVH) com 50 anos ou mais, denominados Idosos Vivendo com HIV (IVH), a eficácia em vida real essa temática é ainda mais relevante por conta da inflamação crônica e envelhecimento precoce.

Objetivo

Quantificar o impacto do envelhecimento na efetividade da TARV em uma coorte de vida real brasileira, avaliando possíveis variáveis associadas.

Método

Coorte observacional de 1.094 PVH > 18 anos em retirada regular da TARV no período entre janeiro/2020 e julho/2022. Grupos: G1 - IVH, e G2 - PVH < 50 anos (controle). Efetividade da TARV: percentual de participantes que sustentaram Carga Viral do HIV-1 (CV-HIV) menor que 50 cópias/mL, avaliados também parâmetros imunológicos, tempo de uso e esquemas TARV utilizados, além de variáveis demográficas. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local.

Resultados

Do total de participantes selecionados, 1.020 PVH (93,2%) foram incluídos na análise, perda de seguimento e mudança de serviço foram principais motivos de exclusão. Sexo masculino: 66,3%, idade média 47,3 anos, média de tempo de seguimento: 9,9 anos. Grupos: G1 - IVH 50+: 444 participantes (43,5%), e G2 - PVH: 576 pessoas (56,5%), sendo que apenas 8% de G1 recebeu o diagnóstico de infecção pelo HIV após os 50 anos. Esquemas simplificados com 3TC+DTG, 3TC+DRV/r e DTG/DRV/r foram mais prevalentes no G1 em comparação com G2, no qual TDF+3TC+DTG foi mais frequente (p < 0,05). Efetividade da TARV foi maior em G1 (89,6%) do que em G2 (83,1%), falha virológica (CV-HIV > 500 cópias/mL) foi mais frequente em G2 do que em G1 (p < 0,05). Não houve diferença significante nos percentuais de participantes com baixa viremia persistente (CV-HIV entre 50 e 500 cópias) entre G1 e G2, bem como nas médias de linfócitos T CD4 e na distribuição de óbitos no período.

Conclusão

: Nessa coorte de vida real brasileira, IVH 50+ apresentaram maior percentual de supressão virológica que o grupo controle < 50 anos, e também demonstraram menor chance de falha > 500 cópias/mL. Fatores como maior percepção de risco e conscientização sobre a importância da adesão à TARV são as principais variáveis associadas em estudos com resultados semelhantes.

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