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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-139 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES ESCORPIÔNICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2013 A 2022
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Julia Guerrero Teixeira de Freitas, Ananda Totti Rodrigues, João Vitor Flores Coelho
Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O escorpionismo é um problema de saúde pública devido à elevada incidência em várias regiões do país. Em 2023, o Estado de São Paulo registrou um recorde histórico de ataques de escorpiões, com 49.381 casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Diante desse aumento e devido à carência de estudos sobre o assunto, a análise do perfil epidemiológico dos acidentes no Estado de São Paulo é de fundamental relevância, uma vez que constitui uma ferramenta importante para auxiliar políticas de saúde e subsidiar a adoção de medidas de prevenção eficazes, visando reduzir o número de acidentes.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi investigar as características epidemiológicas dos acidentes escorpiônicos no Estado de São Paulo entre 2013 e 2022, com atenção para a vulnerabilidade das crianças e o impacto desses acidentes em termos de mortalidade nesse grupo etário. Além disso, buscamos comparar os dados entre as distintas Regiões de Saúde do estado para identificar padrões e direcionar intervenções preventivas específicas.

Método

O estudo analisou casos de acidentes por escorpiões em São Paulo de 2013 a 2022, usando dados do SINAN. Variáveis como sexo, idade, etnia, tempo de atendimento, gravidade e desfecho foram consideradas. A análise incluiu coeficientes de incidência, mortalidade e letalidade. Dados populacionais foram obtidos do IBGE. O estudo seguiu a Resolução n° 466/2012 do CNS e não precisou de aprovação ética.

Resultados

As taxas mais altas de acidentes escorpiônicos foram em 2022 (372,6/100.000 habitantes), 2020 (321) e 2021 (296,52), com médias de incidência e mortalidade de 130,576 e 0,051/100.000 habitantes, e letalidade de 0,036%. O sexo masculino foi mais afetado (54,96%). A faixa etária de 5 a 9 anos representou 4,27% dos casos, e a de 10 a 14 anos, 5,10%. Os óbitos foram mais comuns em crianças de 1 a 9 anos de idade, totalizando 71 mortes.

Conclusão

O estudo reflete o cenário nacional, com uma predominância de casos em adultos do sexo masculino. No entanto, é alarmante observar que as crianças, especialmente aquelas com 1 a 9 anos de idade, estão sujeitas a um maior risco de morte decorrente desses acidentes. Essa constatação ressalta a necessidade de estratégias direcionadas em reduzir o número de óbitos infantis. Como exemplo, inclusão de treinamentos quanto à clínica, capacitações dos profissionais de saúde e tratamento em tempo oportuno além de intensificar as ações de controle, visando à redução do número de escorpiões e a prevenção dos acidentes.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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