14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoAo longo dos últimos cinco anos, o Brasil tem sido acometido por epidemias. Nesse sentido, é possível notar uma maior incidência dos casos da dengue em regiões menos favorecidas, em locais onde a coleta de lixo não é tão efetiva, com garrafas pets e pneus abandonados nas ruas. A dengue se caracteriza por ser um dos tipos de doenças denominadas arboviroses (transmitida por artrópode). O vetor dela no Brasil é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Os vírus da dengue (DENV) estão classificados cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Flavivirus e são conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. É caracterizada por ser uma doença febril aguda, apresentando sinais de dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos em cavidades corporais, hepatomegalia, sangramento da mucosa e aumento progressivo do hematócrito. O diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicas do paciente ou realizando um teste de sorologia de fase aguda. É uma doença tratável e, se o tratamento não for efetivado durante a fase crítica, progride devido ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento grave de órgãos, o que pode evoluir para óbito do indivíduo.
ObjetivoDescrever a série histórica dos casos de dengue no estado de São Paulo entre os anos de 2019 a maio de 2024.
MétodoLevantamento de dados, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DataSus, sobre os números de casos de dengue no estado de São Paulo, utilizando o descritor "ano de notificação", entre 2019 e maio de 2024.
ResultadosOs dados mostraram: 443.596 casos em 2019, 204.441 casos em 2020, 157.891 casos em 2021, 350.517 casos em 2022, 337.671 casos em 2023 e 1.162.450 casos em 2024.
ConclusãoConclui-se que os casos notificados de dengue até maio de 2024 aumentaram em 344% em relação a 2023, configurando uma epidemia no estado de São Paulo. Desta forma, é fundamentak a realização de ações como: reforçar a importância da vacinação do público-alvo já prevista pelo Ministério; ampliação da disponibilidade de vacinas para outras faixas etárias; e evitar os criadouros do mosquito, com águas paradas dentro das casa ou quintais da população.