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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-137 - ANÁLISE DE UMA SÉRIE HISTÓRICA DE MENINGITES EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO PARANÁ
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Victória Davanço, Danielle Ruiz Miyazawa Ferreira, Tatiane Selister Barbosa, Natalia Carolina Rodrigues Colom, Herliene de Oliveira Mota, Luiza Rita Pachemshy, Jaqueline Dario Capobiango
Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (HURNP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Durante a pandemia de Covid-19, outras doenças de transmissão respiratória podem ter sido afetadas.

Objetivo

Descrever as características de meningites em adultos, em um hospital universitário do Paraná, no decorrer da pandemia.

Método

Estudo transversal, os dados foram obtidos do Sistema de Informações de Agravos e Notificação, de janeiro 2019 a dezembro de 2023. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética, parecer no 4.374.235.

Resultados

Foram notificados 1.986 casos de meningite, destes 655 foram confirmados, 374 (57%) com idade de 18 anos ou mais. Destes, 71% de 18 a 59 anos, 60% do sexo masculino, 80% cor branca. Quanto aos agravos associados, 36% (n = 104) foram Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), 15% hipertensão arterial sistêmica, 8% diabetes mellitus, 11% com traumatismo craniano e 5% com infecções hospitalares. Em 2019, ocorreu um predomínio de meningite por outras bactérias (Acinetobacter spp., Klebsiella spp. e Enterococcus spp.) (n = 29), seguido de meningite asséptica (n = 18). No ano de 2020, foram 20 casos de meningite por outras bactérias e 13 assépticas. Em 2021, predominou meningite viral (n = 31) e por outras bactérias (n = 28). Em 2022, 57 meningites virais e 39 por outras bactérias. Em 2023, 77 meningites por outras bactérias e 38 meningites virais, além de 4 casos de meningite pneumocócica. Entre as 12 PVHA no ano de 2019, a etiologia predominante foi Cryptococcus spp. (n = 4), seguida por Treponema pallidum (n = 2). No ano de 2020, 11 casos, a maioria tuberculosa (n = 4), seguido de 2 casos de meningite por Cryptococcus spp. e 2 casos por Toxoplasma gondii. Em 2021, 25 casos, 11 meningites virais, 7 meningites por Cryptococcus spp. e 6 por tuberculose. Em 2022, 30 casos, 9 virais e 10 por Cryptococcus spp. No ano de 2023, 26 casos, com 6 virais, 6 por Cryptococcus spp. e 8 por outras bactérias não identificadas. A mediana do tempo de internação foi de 93 dias, 72% evoluíram com alta hospitalar, 19% foram a óbito por outras causas, 8% óbito por meningite e apenas 1 paciente continua internado.

Conclusão

Em 2020, houve uma diminuição nos casos de meningite, possivelmente relacionada às medidas de isolamento no início da pandemia. Em 2021 começou a aumentar as meningites virais, mas a partir de 2022, ocorreu um aumento significativo no número de casos, associado ao fim do estado de emergência da Covid-19. Destacamos ainda que PVHA foram as mais acometidas por meningites virais e por Cryptococcus spp. nesse período.

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