14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoAs infecções fúngicas causadas por Trichosporon podem apresentar uma grande variedade de manifestações clínicas, desde acometimento cutâneo superficial até quadro sépticos graves em pacientes imunossuprimidos. O trichosporon é um basiodiomiceto que pode levar a tricosporonose, doença fúngica do tipo invasiva, acometendo principalmente pacientes imunocomprometidos. São considerados fatores de risco: neutropenia, transplante de órgãos, diabetes, doença renal em estágio final, infecção por HIV, uso de agentes imunossupressores e equipamentos médicos invasivos.
ObjetivoAnalisar os impactos causados pelas infecções fúngicas e possíveis estratégias para diagnóstico precoce e tratamento efetivo, haja vista que o fungo descrito tem sido relatado, em alguns dos artigos usados para realização desta revisão, como a segunda causa mais comum de infecções por leveduras.
MétodoO presente artigo realizado trata-se de uma revisão literária, em que as referências foram retiradas nas bases de dados Scielo e PubMed.
ResultadosEm uma de suas formas tem-se a tricosporonose invasiva que pode ser determinada como a apresentação clínica mais grave relacionada, cujo acometimento pode se dar através de infecção de corrente sanguínea ou ainda por infecção disseminada. Alguns fatores estão associados a maior risco de gravidade, entre eles: exposição à quimioterapia, neoplasias malignas, imunossupressões, neutropenia, queimaduras graves, fibrose cística, doença renal crônica, uso de corticosteróides, uso de cateteres intravasculares, após cirurgias cardíacas ou de transplantes, neonatos com baixo peso ao nascer. A tricosporonose invasiva atualmente é classificada como a segunda infecção fúngica mais comum em pacientes com neoplasias hematológicas, podendo atingir mortalidade de 80% a despeito da terapia adequada. Geralmente, na doença invasiva, o paciente inicia com quadro febril agudo, inespecífico, que não responde bem mesmo em uso de antibióticos de amplo espectro ou antifúngicos empíricos, evoluindo para quadro de sepse e, posteriormente, falência dos órgãos e óbito. Essa dramática evolução pode ser explicada devido diagnóstico difícil (cerca de 30% dos casos não apresenta fungemia positiva) e resistência comum aos antifúngicos comuns.
ConclusãoO tratamento e diagnóstico dessa infecção é difícil e de alta mortalidade, variando entre 35 até 80%. Portanto é fundamental entender a importância do diagnóstico precoce, do tratamento efetivo para garantir seguimento efetivo para garantir o melhor desfecho clínico.