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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-133 - A VOLTA DA COQUELUCHE NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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Giovanna Catherine F. Almeida, Lorrany Araujo Franca, Vinicius N. de Almeida, José Lucas da Luz Costa, Alexandre Batista de Souza, Maria Clara Gama Carregosa, Rafael Rabêlo Jeremias Guimar, Nicolly Lyra Fraga, Whisloney do E.S. Souza Ju, Wallace Bezerra de Jesus
Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A coqueluche é uma infecção aguda do trato respiratório, altamente contagiosa, de distribuição universal, caracterizada por episódios de tosse não produtiva. A doença ocorre sob as formas endêmica e epidêmica, podendo acometer qualquer faixa etária. Em lactentes, acarreta maior risco de desenvolvimento de complicações e evolução para óbito. A bactéria causadora da doença é a Bordetella pertussis e tem o homem como único reservatório natural. Entretanto, via-se essa patologia, por anos, como erradicada, por conta das altas taxas atingidas de vacinação infantil por meio da vacina pentavalente, ofertada gratuitamente pelos Sistema Único de Saúde (SUS) aos dois, quatro e seis meses de vida, juntamente com mais dois reforços por meio da DTP, conhecida como tríplice bacteriana infantil, indicada aos 15 meses de vida e aos 4 anos de idade.

Objetivo

Identificar as principais causas do retorno da coqueluche no Brasil e as mudanças que ocorreram na adesão da vacina.

Método

Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo, do tipo revisão bibliográfica. Onde foi feita busca ativa sobre comparação de dados e adesão populacional, que mostram as principais mudanças dos últimos 30 anos para a atualidade.

Resultados

No Brasil, o cenário epidemiológico da Coqueluche, desde a década de 1990, apresentou importante redução na incidência dos casos mediante a ampliação das coberturas vacinais. Nessa década, a cobertura vacinal alcançada era cerca de 70% e a incidência de 10,6/100.000 hab. À medida que as coberturas vacinais se elevaram para valores próximos a 95 e 100%, no período de 1998 a 2000, observou-se que a incidência reduziu para 0,9/100.000 hab. No entanto, a partir de meados de 2011, observou-se um aumento súbito de casos da doença, no país. Em 2014 foi registrado o maior pico de casos (8.614) com incidência de 4,2/100.000. As razões para o aumento de casos de coqueluche não são facilmente identificáveis, porém alguns fatores podem ser atribuídos tais como: o aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica. e da rede assistencial, falhas de proteção imunológica da população, perda da imunidade, bem como a ciclicidade da doença, que ocorre em intervalos de três a cinco anos, elevando assim o número de casos.

Conclusão

Portanto, conclui-se que o aumento dos casos de coqueluche se entrelaça com a diminuição da adesão a vacinação ao longo dos anos, tanto inicial quanto por continuidade.

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