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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-120 - HEPATITE C COM CRIOGLOBULINEMIA RECIDIVADA APÓS TRATAMENTO COM SOFOSBUVIR E VELPATASVIR
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Felipe A.S. Nunes, André Luís Roque Maretto, Olívia Silva Zanetti, Raquel Asperti Hoffman, Alan P.A. Oliveira, Silvana G.F. Chachá, Ana Paula Rosim Giraldes, Gustavo Roberto Lourenço, Erika Cristina Napolitano
Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A hepatite C é uma infecção viral causada por um RNA vírus, com tropismo pelos linfócitos B e hepatócitos, associado a cirrose hepática, carcinoma hepatocelular e manifestações extra-hepáticas. Em geral, seu diagnóstico é feito já na forma crônica. No Brasil, entre os anos de 2000 e 2022, foram notificados 432.781 casos. Todo paciente com hepatite C crônica diagnosticada deve ter tratamento antiviral ofertado, buscando evitar complicações como cirrose hepática, hepatocarcinoma e manifestações extra-hepáticas, como a crioglobulinemia. Considerada potencialmente grave, ela é uma das manifestações extra-hepáticas mais relacionadas à presença do vírus da hepatite C (HCV), sendo associada a vasculite de pequenos vasos, glomerulonefrite, artrite e neuropatias.

Objetivo

Relatar um caso clínico de paciente com hepatite C crônica e crioglobulinemia mista, com recidiva da infecção e de eventos extra-hepáticos após tratamento antiviral.

Método

Relato de caso clínico e revisão da literatura relacionada ao tema.

Resultados

Paciente feminina, 58 anos, apresentando astenia, artralgia e parestesia em botas e luvas, petéquias nos membros inferiores, distensão e dor abdominal há 2 semanas, associada a hepatomegalia dolorosa e ascite de moderado volume. Histórico de tabagismo e colelitíase. Exames evidenciaram proteinúria 300mg/dl, hematúria dismórfica, aumento discreto de enzimas hepáticas e sorologia positiva para HCV. Fator Reumatóide, fator antinúcleo e pesquisa de crioglobulinas positivas, com consumo de complemento C3 e C4. Ultrassonografia e tomografia de abdome com sinais de hepatopatia crônica e esplenomegalia. Foi inicialmente tratada com sofosbuvir, velpatasvir e ribavirina, porém na primeira semana apresentou anemia associada ao uso da ribavirina, sendo esta, suspensa. RNA-HCV negativo ao final de 12 semanas de tratamento, assim como normalização do complemento e ausência de sinais clínicos relacionados à vasculite pela crioglobulinemia. Evoluiu, porém, após 21 semanas do tratamento, com recidiva de sintomas constitucionais, consumo de complemento e carga viral do vírus da hepatite C positiva.

Conclusão

A hepatite C pode apresentar-se como uma doença multifacetada, com desafios adicionais quando relacionada a vasculite crioglobulinêmica. Em pacientes com manifestações inflamatórias sistêmicas, renais, articulares e de pele, deve-se levar em consideração a presença desta manifestação e a urgência no tratamento da infecção, devendo ainda ser considerado tratamento específico para a crioglobulinemia.

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