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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: EDUCAÇÃO EM INFECTOLOGIA
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EP-121 - INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM COMUNIDADE RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA
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Gabriela Leite de Camargo
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Durante o período de um mês na Ilha de Santana, localizada no interior de Macapá, Amazônia Legal, tive a oportunidade de trabalhar com uma população de cerca de 4500 habitantes ribeirinhos através do Proadi-SUS. Esta iniciativa fez parte do projeto de atendimento às populações vulneráveis, com foco na População Ribeirinha, buscando oferecer cuidado integral à comunidade. Durante a permanência, foi possível identificar que a falta de educação em saúde, especialmente em temas relacionados à saúde sexual e reprodutiva, era um dos principais desafios enfrentados pela população jovem, devendo a educação ser o alicerce para promoção de mudanças significativas na saúde e bem-estar da comunidade.

Objetivo

Impactar uma comunidade ribeirinha que possui grande índice de gravidez na infância e adolescência, além de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) nesse mesmo grupo.

Método

Conheci a estrutura e história do território e visitei os pontos de rede de assistência. Realizei reuniões com a equipe da escola estadual de Ilha de Santana para entender as demandas dos alunos e, a partir disso, realizar ações para suprir as necessidades daquela comunidade. Identifiquei como um grande gargalo o fato de não terem acesso à educação sexual, concomitante a diversas gestantes na escola, e adolescentes com ISTs.

Resultados

A partir disso, realizei palestras sobre ISTs, prevenção e planejamento familiar para 21 turmas de adolescentes, totalizando 542 alunos. Além disso, organizei, com a equipe da Unidade Básica de Saúde e a escola, a entrega de preservativos femininos e masculinos na escola, e, em conjunto com agentes comunitários de saúde, ensinamos a utilização e abrimos a UBS como porta de apoio para esses adolescentes.

Conclusão

A experiência imersiva na Ilha de Santana revelou-se extremamente valiosa para compreender e intervir nas necessidades de saúde de uma comunidade ribeirinha vulnerável. As ações educativas focadas na prevenção de ISTs e no planejamento familiar demonstraram ser eficazes, atingindo diretamente 542 alunos e promovendo a conscientização sobre a importância da saúde sexual e reprodutiva. A integração entre a escola e a Unidade Básica de Saúde, com a distribuição de preservativos e orientação prática sobre seu uso, fortaleceu a rede de apoio aos adolescentes. Este modelo de intervenção destaca a importância da educação em saúde adaptada às necessidades locais e sugere que estratégias similares possam ser replicadas em outras comunidades com características e desafios semelhantes.

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