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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-119 - INFECÇÃO AGUDA GRAVE POR HEPATITE B NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: RELATO DE CASO
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Rayra Menezes de Almeida, Vera Ianino Rocha Tavares, Caroline Nascimento Maia, Maiara Cristina Ferreira Soares, Sergio de Almeida Basano
Hospital Cemetron, Porto Velho, RO, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A hepatite B aguda é uma doença viral que pode apresentar-se de forma assintomática até formas graves fulminantes, possuindo forte tendência a cronificação, cirrose hepática e hepatocarcinoma, sendo a região amazônica área com endemicidade viral intermediária a alta. As hepatites fulminantes se caracterizam pela evolução rápida para insuficiência hepática e desenvolvimento de encefalopatia, no período de 3 a 8 semanas, ocorrendo em aproximadamente 1% dos casos, com alta letalidade. A forma aguda pode perdurar por até 6 meses, sendo considerada crônica ao ultrapassar este período. Para a maioria dos pacientes, o tratamento é de suporte, porém aqueles com hepatite aguda grave, coagulopatia, sintomas persistentes ou icterícia acentuada podem ser candidatos à tratamento específico.

Objetivo

Relatar caso de Infecção Aguda Grave por Hepatite B na Amazônia Ocidental.

Método

Relato de Caso.

Resultados

Mulher, 56 anos, previamente hígida, em novembro de 2022 apresentou quadro de dor em hipocôndrio direito, êmese, colúria, icterícia (++/4), aumento de transaminases (AST 1.57 U/L e ALT 3.579 U/L) e enzimas canaliculares (FA 1.413 U/L e GGT 859 U/L), sendo descartadas pela cirurgia geral causas cirúrgicas agudas. Apresentou HBsAg e Anti-HBc total reagentes, Carga Viral 16.796 UI/ml; Anti-Hbs, Anti-HDV, HAV IgM e Anti-HIV não reagentes, ultrassonografia de abdome total evidenciando fígado com ecogonicidade aumentada. Evoluiu durante internação com aumento progressivo de enzimas hepáticas (AST e ALT > 5.000) e bilirrubinas, com predomínio de Bilirrubina Direta, alargamento progressivo de RNI e escore MELD 29. Iniciado tratamento para Hepatite Aguda Grave com Entecavir 0.5mg/dia, com acompanhamento da equipe de transplante hepático. Após a instituição do tratamento, paciente evoluiu com queda progressiva dos níveis de AST/ALT e melhora da icterícia, com queda de bilirrubinas e normalização de RNI, recebendo alta hospitalar e mantido esquema de tratamento proposto, com normalização de exames laboratoriais e melhora clínica.

Conclusão

O diagnóstico de infecção aguda por vírus Hepatite B é baseado na detecção do antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) e Anti-HBc. A hepatite B não tem cura, porém, o tratamento disponibilizado objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações. Para tratamento, pode-se utilizar os análogos de guanosina (Tenofovir ou Entecavir), com atividade antiviral potente e que apresentam baixo risco de resistência viral.

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