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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-101 - SÉRIE HISTÓRICA DA COBERTURA VACINAL CONTRA INFLUENZA ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO E O IMPACTO DAS DOSES APLICADAS EM TERRITÓRIO PAULISTA NO ÂMBITO NACIONAL.
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Leonardo Vinicius de Moraes
Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A influenza é uma doença viral aguda caracterizada por febre, tosse, sintomas sistêmicos e, sendo altamente transmissível, pode causar surtos e epidemias com grande morbimortalidade, além de encargos financeiros e sociais, como observado em 1918 com a gripe espanhola, e em 2009 com a gripe suína. A vacinação é a medida de prevenção mais importante contra a influenza. No Brasil, os profissionais de saúde estão contemplados com a vacina trivalente e gratuita contra a influenza, pelo Programa Nacional de Imunizações, desde 2011.

Objetivo

Realizar levantamento de dados e analisar o desempenho das campanhas de vacinação contra influenza, entre profissionais de saúde, no estado de São Paulo. Verificar o impacto das doses aplicadas em São Paulo com relação ao total de doses aplicadas no Brasil.

Método

Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de cunho predominantemente quantitativo, apoiado na análise de dados secundários de programas de vacinação contra a influenza, entre profissionais de saúde, no estado de São Paulo e no Brasil, no período de 2011 a 2023, isto é, desde a inclusão desta população de trabalhadores como grupo prioritário para as campanhas no país.

Resultados

Para as campanhas entre 2011 e 2016 a meta a ser atingida era de 80%, tendo sido alcançada durante todo o intervalo em São Paulo, com cobertura variando de 84,21% (2011) a 121,02% (2013). Já no intervalo entre 2017 e 2023 a meta a ser atingida subiu para 90% e foi alcançada apenas em 2020, com cobertura variando de 44,45% (2023) a 114,42% (2020). Durante todo o período a cobertura vacinal vinha mantendo bom desempenho, sempre acima de 80%, de 2011 a 2020. A partir de 2021 observa-se queda importante nos níveis de cobertura, tendo sido registradas as taxas de 66,69% (2021), 63,39% (2022) e 44,45% (2023). No que diz respeito ao impacto das doses aplicadas em São Paulo em comparação com as doses aplicadas no Brasil, observa-se relação média de 25%, tendo variado de 21,01% (2023) a 27,88% (2016).

Conclusão

A cobertura vacinal para influenza em São Paulo mantinha bom desempenho, porém de 2017 em diante a meta deixou de ser alcançada, exceto em 2020. Demonstrou-se grande impacto das doses aplicadas em São Paulo, o que se relaciona com o nível populacional do estado. Resultados de cobertura vacinal maior que 100% podem estar relacionados com estimativas equivocadas nos dados populacionais e sobreposição de público em diferentes categorias, não refletindo, necessariamente, aumento real de cobertura vacinal.

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