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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-084 - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA EM RORAIMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE 2018 A 2022
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Renata B.S. Viegas, Ana Karol Souza da Silva, Thaíslla Pâmela Baldoino Rodrigues, Giulia Silva Leitão, Fernanda Lopes de Abreu, Laiara Miranda Nunes, Carollina Martinez da Silva, Jhonatan L.O. Palhares, Janderson de Castro e Silva, Narottam S.G. Chumpitaz
Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, RR, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma infecção parasitária transmitida por flebotomíneos. É causada por protozoários do gênero Leishmania, que infectam preferencialmente as células de Langerhans da pele e os macrófagos da mucosa orofaríngea, explicando assim as formas cutânea e mucosa da doença. No Brasil, a região Norte tem demonstrado grande importância na quantificação do número de casos diagnosticados de LTA, especialmente o estado de Roraima, que passou por profundas mudanças ambientais nos últimos anos, incluindo a ocupação de áreas florestais devido a atividades antrópicas, como a mineração. Isso aproxima a população humana de vetores e reservatórios silvestres, contribuindo para a manutenção do ciclo da leishmaniose.

Objetivo

Caracterizar a epidemiologia da Leishmaniose Tegumentar Americana em Roraima.

Método

Trata-se de um estudo descritivo sobre os casos confirmados de LTA em Roraima no período de 2018 a 2022. Os dados foram obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Nesse contexto, foram selecionadas as seguintes variáveis: ano de diagnóstico, município de residência, idade, raça, sexo, forma clínica, critério de confirmação e evolução.

Resultados

No período estudado, foram notificados 2.123 casos de LTA no estado de Roraima. Os anos de 2021 e 2022 apresentaram a maior porcentagem de casos confirmados (44,32%). Observou-se que o município de Boa Vista teve 42,06% dos casos, seguido por Pacaraima e Caroebe, com 10,17% e 9,70%, respectivamente. Além disso, a raça mais afetada é a parda, representando 58,13% da população. Verificou-se que o sexo masculino é o mais suscetível (81,58%), enquanto a faixa etária predominante é de 20 a 39 anos, equivalente a 49,13%. Em relação à doença, 93,03% são casos novos, prevalecendo a forma clínica cutânea e o critério de diagnóstico clínico-laboratorial. Destaca-se que 85,45% tiveram um bom prognóstico, evoluindo para a cura da doença.

Conclusão

Os resultados encontrados demonstram um aumento no número de casos de LTA no último biênio, além de apontar os municípios mais afetados, o perfil dos indivíduos majoritariamente acometidos (homens pardos de 20 a 39 anos) e as características inerentes à doença. Essa análise pode direcionar o planejamento de abordagens para reduzir ou extinguir este problema negligenciado de saúde pública no estado.

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