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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-080 - OSTEOMIELITE CRÔNICA FÚNGICA COM ABSCESSO, RARA EM PACIENTE COM PRÓTESE ORTOPÉDICA: RELATO DE CASO CAUSADO POR PAPILOTREMA LAURENTII.
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Maria Eduarda Molina Marques, Caroline Aires Manfroi, Caroline Eunice de Lima Barros, Jéssica Andrade Filgueiras, Reinaldo Jovelli Junior, Sérgio Eiti Carbone de Paula, Edson Carvalho de Melo
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Campus Bauru, Bauru, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A osteomielite é um processo infeccioso ósseo. Aguda é a via hematogênica, mas a osteomielite crônica (OMC), ocorre por meio de traumas ou pós cirúrgicos com diagnósticos tardios. A etiologia habitual são os gram+, em especial o Staphylococcus aureus. O Papiliotrema laurentii (PL), antigo Cryptococcus, tem relatos de infecções sintomáticas, especialmente em dispositivos e pós cirúrgicos, em pacientes imunodeprimidos. Não há protocolo de tratamento para PL; relatos em outros sítios de infecção, apontam a anfotericina lipossomal (AL) e o fluconazol (F), como escolhas de maior eficácia. É necessário se ater às particularidades de cada caso.

Objetivo

Relatar caso não encontrado em outras literaturas, sobre OMC causada pelo fungo PL.

Método

Relato de caso e revisão da literatura.

Resultados

Feminina, 40 anos, múltiplos procedimentos cirúrgicos (PC) no quadril esquerdo, devido ao impacto femoroacetabular. Após 2a e 7m do último PC, colocação de prótese total de quadril (PTQ). Permaneceu assintomática por 6 meses, quando iniciou dor, 11 meses após PTQ; quadro febril, edema local e em coxa esquerda, realizado punção de coleção fechada, com crescimento de PL., observado abscesso periprótese ortopédica em ressonância nuclear magnética (RNM). Na internação, utilizado tratamento empírico (Teicoplanina e Meropenem). Realizado revisão de PTQ com retirada de componente e novas culturas de líquido sinovial, sec. abscesso, partes moles e osso, que confirmaram PL. Sem resposta terapêutica, suspensão de antibioticoterapia empírica e introdução de F, mantido por 19 dias, sem resposta, modificado então, para AL, mantida por 12 semanas. Recebeu alta com melhora clínica. Após 3 meses da finalização de tratamento, reabordagem para colocação de nova prótese, novas coletas de culturas, que resultaram negativas.

Conclusão

O PL é um fungo patogênico, sem relatos de infecção óssea, raro em outros sítios de infecção, mas que deverá ser considerado, em pacientes pós procedimentos cirúrgicos ortopédicos com prótese. Na experiência aqui descrita, a melhor resposta ocorreu com o uso de AL.

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