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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-022 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MENINGITE POR SOROGRUPOS DE MENINGOCOCO NO BRASIL
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Bruna Del Acqua Barbosa, Livia Maria de Paula Castro, Isabella Guidini Benacchio, Ricardo Laudares S. Zordan
Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), Marília, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Meningite é uma inflamação das meninges, podendo ser de etiologia infecciosa ou não, sendo doença de notificação compulsória no Brasil. Apresenta caráter endêmico com períodos de surtos. 2014 foi ano crítico, com subsequente tendência de queda nas incidências. Um dos principais agentes etiológicos da meningite bacteriana é o coco gram-negativo Neisseria meningitidis, o qual é conhecido como meningococo e pode ser classificado em 13 sorogrupos: A, B, C, D, X, Y, Z, E-29, W-135, H, I, K e L. Os sorogrupos A e C são os mais epidêmicos, e foram responsáveis pelas duas grandes epidemias meningocócicas entre 1971 e 1975. A partir de então, o Brasil experienciou pequenas microepidemias.

Objetivo

Analisar o número de casos confirmados e a letalidade dos sorotipos A, B, C, Y e W135 de meningococo no período de 2014 a 2022 no Brasil.

Método

Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, baseado em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS). Foram incluídos os casos confirmados de meningite por meningococo de 2014 a 2022 no Brasil. As variáveis utilizadas foram ano do primeiro sintoma (2014 a 2022), sorogrupo (A, B, C, Y e W135) e evolução a óbito. Foi calculada a letalidade de cada sorogrupo, com os valores escritos até a segunda casa decimal.

Resultados

No período descrito, houveram 1.967 casos confirmados, dos quais 7 foram do sorogrupo A, 584 do B, 1.152 do C, 64 do Y e 160 do W135. O ano de 2014 marcou o maior valor, com 365 casos, sendo o sorogrupo C o mais prevalente, responsável por 250 casos, e o Y o mais letal, com taxa de 30%. Em seguida, 2015 e 2016 registraram quedas, com, respectivamente, 292 e 239 casos. Em 2017, houve elevação, com 303 casos. Os anos de 2018 a 2021 registraram sucessivas quedas, com 271, 224, 75 e 44 casos anuais, respectivamente. Por fim, 2022 apresentou nova alta, com 116 casos. O número de óbitos nos 9 anos foi de 1 do sorogrupo A, 48 do B, 135 do C, 9 do Y e 27 do W135. O cálculo da letalidade no período total revelou frações equivalentes a, respectivamente, 14,28%, 8,21%, 11,71%, 14,06% e 16,87%.

Conclusão

Embora o sorogrupo C seja mais prevalente, W135 foi o mais letal na totalidade dos anos analisados. Neste período, 2014 apresentou maior número de casos, confirmando a tendência esperada de queda nos anos subsequentes. Uma possível explicação para essa queda é a elevação na taxa de vacinação contra meningococo, porém estudos adicionais são necessários.

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