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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-023 - CURA DE TUBERCULOSE EM ADULTOS PRIVADOS DE LIBERDADE NO ESTADO DO PARANÁ NOS ANOS DE 2019 A 2023
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Camila dos Santos Peres, Ana Beatriz Floriano de Sou, Maria de Fátima Oliveira Hirth, Laís Cristina Gonçalves Ribeiro, Flávia Meneguetti Pieri
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A tuberculose (TB) persiste como um grande desafio para a saúde pública no Brasil. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose elegeu entre as populações mais vulneráveis à infecção a população privada de liberdade (PPL), visto que o sistema prisional é um ambiente potencialmente transmissor da TB, além do risco para o tratamento inadequado, detecção tardia e formas resistentes da doença.

Objetivo

Descrever os casos de cura de TB em adultos privados de liberdade, notificados no Sistema de Notificação de Agravos de Notificação em municípios de grande porte, no estado do Paraná (PR), segundo fatores sociodemográficos e clínico-epidemiológicos.

Método

Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, transversal e descritivo. Baseado nos casos que alcançaram cura, notificados em adultos jovens (19 a 59 anos), no período de 2018 a 2023, em munícipios de grande porte no PR. A tabulação dos dados foi cruzada utilizando frequências absolutas e relativas, por meio do software SPSS® versão 22.0. CAAE: 38855820.6.0000.523.

Resultados

No período estudado, foram analisados 5961 casos de tuberculose em adultos de 19 a 59 anos, sendo 703 em privação de liberdade. Foram curados (n = 361), em 2021 36,36% dos casos obteve a maior taxa de cura. Na população, a maioria possuía a idade de 19 a 59 anos com média de idade de 29,73 anos, sendo maior o número de cura no sexo masculino 98,9%. Apresentou a maior parte dos casos na forma pulmonar com 87,3%. À histopatologia, 91,7%, não realizaram teste, 3,0% foram sugestivos para TB e 3,6% possuíam Baar positivo. À baciloscopia de escarro positiva 40,2% e cultura de escarro positiva 46,0%. Possuíam a radiografia de tórax suspeita, 75,9%. Ao tipo de entrada, casos novos 74,5%. Aos agravos associados, 28,5% alcoolismo, 52,1% uso de drogas ilícitas, 58,2% tabagistas. Ao teste molecular rápido, 72,9% foram sensíveis à rifampicina. Já no teste de sensibilidade, 39,6 % foram sensíveis e 0,6% resistentes a outras drogas de 1ª linha. Realizaram o tratamento diretamente observado 83,0% e enquanto 3,8% não fizeram esse acompanhamento.

Conclusão

Os resultados indicam uma taxa significativa de cura da tuberculose em adultos privados de liberdade no Paraná entre 2019 e 2023. Destacam-se a eficácia do tratamento diretamente observado e a necessidade de atenção aos agravos associados, como alcoolismo e uso de drogas ilícitas. Esses achados enfatizam a importância de políticas públicas específicas para essa população, visando prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz da TB.

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