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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-019 - A AIDS É UMA DESCONHECIDA DOS JOVENS ACADÊMICOS DE MEDICINA. E COMO PODEMOS ENSINÁ-LOS SOBRE A DOENÇA? CULTURA, DIÁLOGO E AÇÃO SÃO A RESPOSTA.
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Evaldo Stanislau Araújo, Luciana Schimidt Lopes, Fabio Caldas Mesquita, Glaucia Oliveira Lima
Inspirali Educação Médica, Brasil
Universidade São Judas Tadeu (USJT), São Paulo, SP, Brasil
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

No distante século passado, mais precisamente nos anos 80, o mundo descobria o HIV e a Aids. O que foi um flagelo moral e médico transformou-se rapidamente em uma doença corriqueira, até, banal. Fato é que os jovens, ainda que acadêmicos de medicina, desconhecem grandemente a sua história e os riscos inerentes à doença. A questão que fica é, como reverter esse cenário e maximizar o conhecimento?

Objetivo

Descrever uma experiência exitosa do uso de artes, diálogo e ação comunitária com acadêmicos de medicina evidenciando a sua mudança de percepção acerca do HIV-Aids.

Método

Realização de três sessões de cine-debate com alunos de medicina apresentando filmes que abordam a descoberta do HIV, o preconceito e o início da terapia seguida de debates com um médico que vivenciou essa realidade, um médico que participou da resposta global à luta contra o HIV e um paciente vivendo com o HIV desde a era anterior aos Inibidores de Protease. Após essa etapa foi realizada uma campanha de testagem e prevenção em parceria com uma ONG tradicional com militantes experientes, incluindo pessoas vivendo com HIV.Avaliamos o impacto das ações entre os alunos por meio de um formulário.

Resultados

A idade média dos alunos foi de 23 anos sendo 77% deles mulheres. O conhecimento sobre a descoberta do HIV e o início da epidemia antes da atividade era ruim para 59% e foi bom para 42% e ótimo para 58% após a atividade. Após a ação 77% dos alunos estavam extremamente motivados para atender pessoas vivendo com HIV/Aids. Para 83% o conceito acerca de pessoas vivendo com HIV/Aids melhorou após a atividade. A atividade cultural cine-debate foi a mais impactante para 59% dos alunos, enquanto a ação de campo foi mais representativa para 24%.

Conclusão

Aos especialistas e pessoas dedicadas às questões do HIV parece um tanto óbvio que o tema seja relevante. Porém, basta um certo distanciamento para se observar que temos problemas, a começar pelo esquecimento ou, ainda pior, desconhecimento da história do HIV, e de toda a luta para se conquistar as vitórias de hoje, por parte dos mais jovens, incluindo futuros médicos. É de certa forma preocupante que até o conceito das pessoas vivendo com HIV tenha “melhorado” após a atividade descrita. Em outras palavras, o preconceito ainda parece de certa forma latente. O uso de uma ferramenta simples, acessível e lúdica como sessões de cine-debate bem conduzidas provou-se efetiva para a finalidade proposta e deve ser incorporada na rotina pedagógica da formação médica no capítulo HIV-Aids.

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