12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: O ensino remoto consolida‐se como uma ferramenta a ser melhor explorada. A transmissão do saber é dinâmica e cada vez mais tecnológica. Hoje alunos preferem vídeo‐aulas a aulas presenciais que na opinião de muitos não deveriam ser mais obrigatórias.
Objetivo: Relatar a experiência do ensino de um módulo de infectologia para alunos de medicina de Jacobina (BA) desde São Paulo.
Metodologia: Ao grupo de alunos expostos, avaliação qualitativa e quantitativa de conhecimentos prévios, aproveitamento e satisfação antes e após a aplicação do módulo.
Resultados: Observando o desempenho acadêmico subjetivo dos alunos entre a sua autoavaliação antes e após a realização do módulo destacamos o expressivo ganho de conhecimento em temas críticos ‐sepse (227%), meningites (224%) ‐ variando de 87 a 450% o incremento médio da perceção do conhecimento adquirido. As notas das provas realizadas, com questões dissertativas e objetivas, corroboram esse aspecto subjetivo. Quanto ao raciocínio clínico,100% dos alunos julgam‐se melhores, sendo 31%, muito melhor do estavam. E 100% consideram‐se preparados, para, em sua realidade, atuar diante das situações que estudaram, sendo 39% muito preparados, refletindo também a adequação do conteúdo percebida pela maioria dos alunos (>90%) à sua realidade motivando‐os a transformá‐la para melhor. Evidenciamos que inúmeras características pessoais modificaram‐se ao longo do curso‐ desde o estímulo ao estudo do Inglês, até a sua autoestima e perceção do potencial de ser um profissional pleno para competir em igualdade a partir de seu próprio empenho e dedicação.
Discussão/Conclusão: Descrevemos uma exitosa experiência brasileira em ensino médico de graduação por vídeo‐aula ao vivo e conseguimos reproduzir resultados favoráveis encontrados na Literatura relativos ao aproveitamento e efetividade do uso de novas metodologias de ensino aliadas à tecnologia. Comprovamos que é possível transformar a realidade da assistência fomentando conhecimento crítico e aprimorar a assistência regional ajustada para a realidade de uma região, ainda que remota e modestamente assistida por recursos, por meio de conhecimento Estado da Arte em doenças altamente prevalentes. E de forma bastante consistente, despertamos potenciais e instigamos a vontade do saber em alunos que, a despeito de estarem distante de um grande centro, demonstraram enorme resiliência e capacidade de adquirir, e praticar, conhecimento médico.