Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: INFECTOLOGIA CLÍNICAEP‐100
Full text access
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SEPSE NAS UNIDADES DE SAÚDE DO ABC PAULISTA, ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2020
Visits
2711
Gabriela Coutinho Idalgo, José G. Santos Lima Júnior, Lais Delli Nogueira, Heloisa Rosa, Camila Richieri Gomes, Juliana Cristina Marinheiro
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: A sepse pode ser definida com uma disfunção orgânica, secundária a uma infecção, na qual o paciente desenvolve uma resposta inflamatória desregulada à agressão inicial. Uma das principais causas de morbimortalidade de pacientes gravemente enfermos, é caracterizada pelo aparecimento de mediadores inflamatórios que, acarretam alterações celulares e vasculares, que resultam em disfunção orgânica. O principal ambiente para seu desenvolvimento é o hospitalar, principalmente Unidades de Terapia Intensiva e, os principais focos iniciais de infecção são o trato respiratório, urinário e gastrointestinal. Os principais agentes associados são bactérias, fungos e alguns tipos de vírus. Recentemente, o novo coronavírus, Sars CoV‐2, é desencadeador de um processo de sepse, em pacientes com COVID‐19 grave.

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da sepse nas unidades de saúde ABC Paulista e, compará‐los com os dados publicados para o Estado de SP e demais regiões brasileiras.

Metodologia: As notificações de Sepse publicadas no SINAN‐DATASUS (Doenças e Agravos de Notificação), entre julho 2018 e julho 2020, nas cidades do ABC Paulista, foram tabulados, analisadas e comparadas com os dados publicados para as demais regiões brasileiras.

Resultados: Entre julho de 2018 e julho de 2020 foram notificadas 6.319 internações por sepse no ABC Paulista, com uma mortalidade de 52,65%. As cidades com maior número de internações foram Santo André e São Bernardo do Campo com 31,8% e 32,14%, respectivamente. Quando analisamos a mortalidade, a cidade de Mauá é a que apresenta as maiores taxas (87,29%), seguida de São Caetano do Sul (62,35%) e Ribeirão Pires (57,35%), mortalidades estas, maiores que a média Brasileira de 45,1% e, de todas as regiões isoladamente. Do total de casos no ABC, 53% ocorreram em indivíduos do sexo masculino, com mortalidade de 50,6%. A mortalidade em indivíduos do sexo feminino é de 55%.

Discussão/Conclusão: Segundo o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), a mortalidade nos hospitais privados brasileiros para sepse e choque séptico é de 23,4% e 56,2%, respectivamente, e nos hospitais públicos, de 44,2% e 72,9%. A diminuição da mortalidade é atrelada ao diagnóstico precoce e o rápido uso de antimicrobianos. Cada unidade hospitalar é responsável pela implementação de protocolos clínicos específicos de identificação e atendimento ao paciente séptico, diminuindo desfechos negativos. O Brasil apresenta uma das maiores mortalidades por sepse no mundo e, a mortalidade da cidade de Mauá é extremamente alarmante.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools