12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: No início, o tratamento era limitado a sintomáticos, combatendo sinais e sintomas de doenças oportunistas. Com a implantação da TARV com a associação de medicamentos foi possível fortalecer a adesão ao tratamento e aumentar a qualidade de vida dos pacientes. Atualmente tem recomendação de início imediato para todos os portadores independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico para evitar a replicação viral e consequente favorecimento de mutações de resistência, que contribuem para o aumento da morbidade, mortalidade e dos custos relativos aos cuidados com os pacientes. Darunavir co‐administrado com Ritonavir é um regime antiretroviral de primeira linha atual com excelência de barreira genética e com pouca toxicidade.
Objetivo: Avaliar a eficácia do esquema Darunavir/Ritonavir 1200/100mg uma vez ao dia em pacientes portadores do VIH em um Centro de Testagem e Aconselhamento de Presidente Prudente‐SP perante a resposta a carga viral a TARV.
Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo, realizado em um local clínico de referência de Presidente Prudente, a partir de uma análise documental de prontuários clínicos de pacientes portadores de VIH do Centro de Testagem e Aconselhamento de Presidente Prudente. Foram inclusos pacientes que utilizam a posologia 1200/100mg por dia de Darunavir/Ritonavir em associação com Tenofovir e Lamivudina.
Resultados: A efetividade global da terapia antiretroviral foi de 70,4% e o esquema em dose fixa foi associado à maior supressão viral quando comparado à carga viral anterior ao esquema proposto.
Devido à simplificação do esquema terapêutico com ingestão de comprimidos apenas uma vez ao dia houve um maior nível de adesão dos pacientes à TARV, onde na amostra 75 pacientes foram considerados com boa adesão (71,4%) e 30 com má adesão (28,6%). Dentre os de boa adesão, 73 pacientes zeraram a carga viral, tendo registro de não detectável ou abaixo do limite mínimo, o que representa 97,3% de eficácia dentro da amostra com boa adesão. Analisando os 2 pacientes que não obtiveram a carga viral zerada, podemos ter como justificativa o início recente do tratamento.
Discussão/Conclusão: Entre os pacientes considerados com boa adesão 97,3% tiveram registro da carga viral não detectável ou abaixo do limite mínimo, provando assim a eficácia do tratamento quando realizado de maneira adequada. Os 2,7% dos pacientes que mesmo fazendo o uso adequado da TARV não zeraram a carga viral são justificados pelo início recente do tratamento.