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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐339
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EFEITOS ANTIFUNGICOS DOS INIBIDORES DA PROTEASE DO HIV ATAZANAVIR E DARUNAVIR EM CANDIDA ALBICANS: ESTUDO IN VITRO E IN VIVO
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Juliana de Camargo Fenley, Patrícia Pimentel de Barros, Juliana Campos Junqueira, Rodnei Dennis Rossoni
Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), Universidade Estadual Paulista (UNESP), São José dos Campos, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) são propícios a apresentar candidoses na cavidade bucal. Os Inibidores de Protease do HIV (IP‐HIVs) podem interferir na produção enzimática das aspartil proteases (SAPs) de C. albicanss. Estudos com drogas mais modernas, com enfoque em outros fatores de virulência, e em modelos in vivo podem acrescentar conhecimento para potenciais estudos clínicos.

Objetivo: Avaliar os efeitos do Atazanavir (ATV) e Darunavir (DRV), dois IPs‐HIV em uso clínico atual no Brasil, em diferentes fatores de virulência de C. albicans.

Metodologia: Foram realizados estudos com duas cepas clínicas de C. albicans isoladas de lesões de candidose orofaríngea de pacientes portadores de HIV para avaliar a ação in vitro das drogas na morfogênese e formação de biofilme (contagem de células viáveis e quantificação de biomassa), e in vivo no efeito protetor desses medicamentos na infecção experimental por C. albicans em modelo de Galleria mellonella. Os dados foram analisados por teste t, ANOVA e Kaplan‐Meier (p<0,05).

Resultados: A Concentração Inibitória Mínima (CIM) para ambos os IPs‐HIV testados foi 512μg/mL. Nos biofilmes, a redução na contagem de UFC/mL de C. albicans nos grupos tratados com IPs‐HIV foi de até 6,81 Log contra 0,56 Log quando se utilizou o fluconazol. A biomassa dos biofilmes tratados também sofreu reduções significantes para ATV (82%), DRV (81%) e fluconazol (53%) comparado ao grupo controle. Em relação à morfogênese de C. albicans, ATV e DRV inibiram significativamente a formação de hifas (p=0,0183). No estudo in vivo, o uso profilático de ATV e DRV em G. mellonella infectadas com C. albicans prolongou em até 40% a sobrevivência das larvas (p=0,0004).

Discussão/Conclusão: Conclui‐se que ATV e DRV apresentaram atividade antifúngica, sendo capazes de inibir o crescimento, a morfogênese, a formação de biofilme de C. albicans e prevenir a candidose em G. mellonella.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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