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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 233
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EFEITOS ADVERSOS DA ANFOTERICINA B CONTRAPONDO- SE À ADESÃO AO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
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Eduardo Almeida de Souza Minuzzo, Renata de Santana Lima, Gizele Alves da Silva, Kallyto Amorim Costa, Christovam Abdalla Neto
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (FESAR), Redenção, PA, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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A leishmaniose tegumentar americana e uma doença infecciosa que acomete a pele e as mucosas do nariz, da boca, da faringe e da laringe. É causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos conhecidos genericamente como flebotomíneos. O caso relatado é de um paciente reinfectado por leishmaniose tegumentar em tratamento com anfotericina B, que apresentou reações adversas: edema em face, membros inferiores, dor em hipocôndrio direito, ganho de peso, febre esporádica, poliúria, alteração da coloração da urina e obstrução nasal. A partir das informações supracitadas, este estudo tem por escopo analisar a influência das reações adversas na adesão ao tratamento. Paciente do sexo masculino, 46 anos de idade, natural de Redenção - PA, garimpeiro, compareceu ao Centro de Especialidades e Reabilitação, com queixa de “reação ao medicamento para leish”. O mesmo foi diagnosticado com leishmaniose tegumentar em 2019 e realizou tratamento com antimoniato de N-metilglucamina. Em setembro de 2020 apresentou reinfecção, iniciando o tratamento com Anfotericina B em maio de 2021 e no atendimento informou que estava na 19ª dose do tratamento, porém cursando com edema em face e membros inferiores. Relata que após o início do tratamento teve ganho de peso, febre esporádica, poliúria, alteração da coloração da urina. Exame físico evidenciou eritema em mucosa nasal e lesão cicatricial sugestiva de leishmaniose tegumentar em mucosa labial, fígado palpável a 3 cm do rebordo costal com dor a palpação. Tais alterações levaram à suspensão da medicação. À adesão ao tratamento da leishmaniose com anfotericina B é fortemente influenciada pelos efeitos adversos. Podem surgir durante o processo terapêutico: hepatotoxicidade, insuficiência renal e/ou cardíaca, dispepsia, febre, dentre outros. Somado a isto, a relação médico-paciente, grau de escolaridade, causas estruturais e políticas públicas deficitárias implicam de forma direta no alto índice de abandono do tratamento. Nessa linha de raciocínio, ratifica-se que os efeitos adversos do medicamento interferem de forma negativa à adesão ao tratamento e, consequentemente, à cura, podendo levar ao surgiment o de deformações e incapacitações.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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