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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: MICROBIOLOGIAOR‐13
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DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS RELACIONADAS À PELE NA AMAZÔNIA LEGAL MERIDIONAL: HIPERENDEMICIDADE, HETEROGENEIDADE E SOBREPOSIÇÃO ESPACIAL DE HANSENÍASE E LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
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Amanda Gabriela de Carvalho, João Gabriel Guimarães Luz, João Victor Leite Dias, Anuj Tiwari, Peter Steinmann, Eliane Ignotti
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: CNPQ

Nr. Processo: 421138/2018‐1

Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 02/12/2020 ‐ Sala: 1 ‐ Horário: 18:15‐18:25

Introdução: Hanseníase e leishmaniose tegumentar (LT) são doenças tropicais negligenciadas relacionadas à pele que podem apresentar manifestações cutâneas significativas, e consequentemente desenvolvimento de incapacidades físicas e estigma social. Ambas as doenças são altamente endêmicas no estado brasileiro de Mato Grosso, localizado na Amazônia Legal meridional.

Objetivo: Analisar simultaneamente a distribuição espacial dos casos novos de hanseníase e LT notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em Mato Grosso, no período de 2008 a 2017.

Metodologia: Os coeficientes de detecção brutos e ajustados pelo estimador Bayesiano empírico global foram determinados para cada ano e município do estado, respectivamente. Para cada doença, foi utilizada a estatística espacial scan para a identificação de clusters de alto e baixo risco, e o índice global e local de Moran univariado para avaliação da autocorrelação espacial. A correlação espacial entre as duas doenças foi analisada pelo índice global e local de Moran bivariado. Por fim, foram avaliadas as características sociodemográficas dos pacientes.

Resultados: No período avaliado, o número de casos de hanseníase (n=28.204) e LT (n=24.771), bem como os elevados coeficientes de detecção brutos e ajustados indicaram a manutenção da hiperendemicidade e heterogeneidade da distribuição espacial de ambas as doenças no estado de Mato Grosso. A estatística scan demonstrou a sobreposição de clusters de alto risco para hanseníase (RR=2,02; p<0,001) e LT (RR=3,96; p<0,001) nas mesorregiões Norte e Nordeste. O índice global de Moran revelou autocorrelação espacial positiva para hanseníase (0,228; p=0,001) e LT (0,311; p=0,001) e correlação espacial positiva entre elas (0,164; p=0,001). Ambas as doenças foram notificadas predominantemente em homens, na faixa etária de 31 a 60 anos, pardos, de baixa escolaridade e residentes em áreas urbanas.

Discussão/Conclusão: Os resultados apresentados indicam a necessidade de desenvolvimento de políticas de saúde pública integradas e direcionadas tanto espacialmente quanto sócio demograficamente para o controle dessas endemias.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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