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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐112
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PÓS‐MORTE EM INDIVÍDUOS COM FEBRE HEMORRÁGICA E/OU DOENÇA NEURO‐INVASIVA NA VIGILÂNCIA LABORATORIAL DAS ARBOVIROSES NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Leonardo José Tadeu de Araújo, Lorenzo Lang, Juliana Mariotti Guerra, Davi Salas Gomez, Lewis Fletcher Buss, Camila Santos da Silva Ferreira, Cinthya Santos Cirqueira, Fabio Ghillardi, Steven S. Witkin, Ester Cerdeira Sabino
Instituto Adolfo Lutz (IAL), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: Secretaria da Saúde

Introdução: Arboviroses podem resultar em um amplo espectro de manifestações clínicas, provocando desde doenças febris brandas (dengue e febre amarela) a febres hemorrágicas (dengue e febre amarela) e formas neuroinvasivas (dengue, Zika e chikungunya). Quando a causa da morte não pôde ser clinicamente identificada, análises pós‐morte representam a oportunidade final para estabelecer o diagnóstico mais provável e desencadear medidas de vigilância, quando necessário.

Objetivo: Realizar uma análise descritiva dos casos de óbito relacionados à febre hemorrágica e/ou doença neuro‐invasiva de etiologia desconhecida, encaminhados ao Centro de Patologia (CPA) para diagnóstico.

Metodologia: Este estudo transversal retrospectivo revisitou as análises laboratoriais e o diagnóstico final de casos de óbitos de indivíduos >1 ano de idade, associados à febre hemorrágica e/ou doença neuro‐invasiva de etiologia desconhecida no Estado de São Paulo entre 2009 e 2019. A imuno‐histoquímica (IHQ) foi realizada em tecido fixado em formalina e incluído em parafina (FFIP) e a PCR em tecido congelado. Todos os procedimentos foram aprovados pelo comitê de ética institucional (CAAEE 96138818.0.0000.0059).

Resultados: Dos 1355 casos de óbito encaminhados para diagnóstico laboratorial, a maioria era de do sexo masculino (n=848; 63%), entre 25 e 40 anos (n=268; 20%). Em 718 (53%) óbitos foi possível a identificação de um agente etiológico. Destes, dengue (n=145; 11%) e febre amarela (n=140; 10%) foram as mais frequentes. Em 139 (10%) casos, foi possível a identificação de agentes não virais. Doenças não infecciosas, como neoplasias, hepatopatias e infarto foram identificadas em 20 (1%) casos. Através da IHQ e da PCR, não foi possível a identificação de um possível agente causador em 649 (48%) óbitos.Discussão/Conclusão: Uma década de dados laboratoriais enfatizou a importância da investigação laboratorial pós‐morte, o mesmo tempo em que destacou uma lacuna na vigilância laboratorial das mortes por febre hemorrágica e/ou por doença neuro‐invasiva de etiologia desconhecida. Isto pode estar diretamente relacionado às dificuldades técnicas relacionadas ao tecido FFIP, à sensibilidade e dificuldade de interpretação dos resultados de IHQ. Idealmente, o tecido congelado e o FFIP deveriam ser coletados, mas nem sempre isso é possível, devido às incompatibilidades logísticas. Além do aperfeiçoamento das metodologias atuais, abordagens sindrômicas e metagenômicas podem levar a um avanço significativo na precisão e sensibilidade deste diagnóstico.

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