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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
HIV/AIDS
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DESFECHO DO USO EM MONOTERAPIA DE ISOTRETINOÍNA EM PACIENTES COM VERRUGAS ANOGENITAIS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
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Pedro Eduardo da Costa Galvãoa, Amanda Maria de Sousa Romeirob, Gabriela Luz Castelo Branco de Souzaa, Mylena Santana de Sena Araújoa, Victor Cordeiro Simãoa, Bruna Dell'Acqua Cassão Rezendea
a Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
b Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

A alta recorrência de condiloma acuminado em alguns pacientes exige a busca por alternativas terapêuticas às tradicionais. Assim, o uso off-label de isotretinoína enquanto possibilidade para tratar lesões anogenitais do HPV permanece controverso e merece atenção quanto a seus possíveis benefícios para pacientes pouco responsivos às primeiras linhas de tratamento.

Objetivo

Avaliar os desfechos clínicos do uso de isotretinoína em monoterapia para tratamento de verrugas anogenitais.

Metodologia

Revisão da literatura na base de dados PubMed, utilizando os descritores: “condyloma acuminata”, “isotretinoin” e “therapeutics” unidos por “AND”. Foram incluídos artigos que abordassem o uso de isotretinoína em monoterapia para lesões condilomatosas publicados em inglês, espanhol e português. Foram excluídas outras revisões e artigos sem acesso integral.

Resultados

A busca inicial encontrou 13 trabalhos publicados entre 1989 e 2023. Aplicando-se os critérios de elegibilidade, foram incluídos 6 estudos. A dose de isotretinoína utilizada nos estudos variou de 0,3 mg/kg/dia a 1 mg/kg/dia, enquanto o tempo de seguimento variou de 14 dias a 21 meses. A prevalência de resolução parcial ou total nas amostras dos ensaios clínicos variou entre 52,8% e 90% para doses altas (0,6 - 1,0 mg/kg/dia) e foi de 62% para dose baixa (0,3 mg/kg/dia). Ademais, houve eliminação completa das lesões em parte do grupo de intervenção de todos os ensaios clínicos incluídos, com prevalência de 32,1% a 76%. A não responsividade à intervenção, por sua vez, variou entre 28,5% e 47,1%. Em um ensaio clínico, uma pequena amostra de pacientes (4%) cursou com aumento das lesões no primeiro mês após início da administração de isotretinoína 1 mg/kg/dia, seguido de eliminação das lesões em 3 meses. Por fim, no único relato de caso incluído, o desfecho não foi positivo: aumento do tamanho das lesões na vulva de uma paciente em 10 dias após iniciar isotretinoína 1 mg/kg/dia, o tratamento precisou ser interrompido pois a paciente cursou com eritema nodoso em 2 semanas.

Conclusões

O uso de isotretinoína em monoterapia apresentou bons desfechos clínicos. Doses altas e baixas mostraram-se associadas a resolução parcial ou total das lesões. Entretanto, piora inicial foi observada na minoria dos pacientes, assim como um relato de reação adversa. Os resultados reforçam a eficácia da monoterapia com isotretinoína, porém ressaltam cautela no manejo do fármaco e ajuste personalizado da dose.

Palavras-chave:
Condiloma Acuminado
Isotretinoína
Verrugas
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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