XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoA leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa, não-contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, acometendo pele e mucosas. Seu tratamento é demorado, invasivo e com efeitos colaterais no paciente. É importante que novos tratamentos, drogas mais eficazes, menos agressivas e de baixo custo sejam desenvolvidas. Enzimas proteases, participam da manutenção da vida dos organismos transmissores de doenças, garantem a manutenção da infecção no hospedeiro e por isso têm sido investigadas por sua capacidade de controlar vias metabólicas essenciais do protozoário Leishmania. Estas enzimas estão presentes nas formas amastigotas e promastigotas da Leishmania. O tratamento alternativo à base de fitoterápicos são conhecidos pelo seu uso potencial e são considerados eficazes e de baixo custo. Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver formulações a base do extrato de folhas de Crotalaria spectabilis (CS-P) e/ou seus inibidores de proteases com o objetivo de tratar lesões oriundas da leishmaniose tegumentar.
MetodologiaA preparação da fórmula tópica foi iniciada com o preparo do extrato das folhas de C. spectabilis com uma dosagem de proteína preparada utilizando o método de Bradford (passando também por método de quantificação). A massa do material vegetal utilizado na confecção do lote do CS-P, e a massa de extrato obtido e seus rendimentos foram obtidos de 303 g de folhas que originaram 7,7 g de extrato. O teor proteico, determinado através de uma curva padrão de BSA, foi quantificada a presença de 33µg de proteínas por miligrama do extrato, onde o rendimento foi de 3,3% em relação ao conteúdo proteico do CS-P. O produto de uso tópico se caracteriza por hidrogel termorreversível à base de extrato aquoso de C. spectabilis, contendo inibidor de protease com atividade contra serino-protease extracelular de Leishmania (Leishmania.) amazonensise (LSPIII).
ResultadosTodos os extratos de folha mostraram-se efetivos em reduzir a viabilidade de promastigotas e amastigotas murino. A dosagem de concentração de proteínas foi fundamental na redução do índice de infecção. Todos os parasitos no macrófago foram mortos na dose de 100 μg/mL. O IC50 do CS-P amastigotas de L. otmailsto foi calculado de acordo com o experimento, sendo de aproximadamente 74 μg/ mL.
ConclusãoO extrato vegetal a base de folhas de C. pectabilis age como tratamento fitoterápico eficaz no tratamento de lesões de LT.