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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 14 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
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OR‐25
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DESCRIÇÃO CLINICO‐LABORATORIAL DOS PACIENTES COM CARGA VIRAL DETECTÁVEL PARA HIV
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Graziella Hanna Pereira
Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: 5 ‐ Horário: 16:20‐16:30 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: A importância do seguimento regular dos pacientes com HIV e a manutenção da carga viral para HIV indetectável são de suma importância para controle da epidemia.

Objetivo: Descrever as características clínicas e laboratoriais de pacientes com carga viral detectável persistentemente para HIV no período 2016‐18 no CRT‐DST/Aids.

Metodologia: Foram avaliados 328 pacientes, foram detectados 32 (9,7%) que apresentavam carga viral para HIV detectável por pelo menos três exames no período da avaliação (2017‐2018). Oito pacientes (25%) permaneceram com carga viral persistentemente detectável. Esses pacientes foram acompanhados pelo mesmo infectologista.

Resultado: Foram avaliados 32 pacientes, sexo masculino: 22, feminino nove e transexual um. A média de idade foi 44 anos (22‐78). Oportunistas detectados no momento do diagnóstico de HIV ocorreram em 32%: três pneumocistoses, quatro tuberculoses, uma citomegalovirose associada, uma toxoplasmose ocular, uma neurotoxoplasmose e sarcoma de Kaposi, uma pneumonia bacteriana e uma meningite bacteriana. Sífilis ocorreu em 13 pacientes (40%), duas eram neurossífilis. Comorbidade principal: depressão, transtorno de personalidade e ansiedade em 12 pacientes, uso de droga e álcool em dois pacientes, no total 44%. CD4 variou de 4 a 1.445, média de 514cel/mm3. A carga viral variou de 45 a 70.944 cópias/ml. Abaixo de 100 em 13, de 100‐500: seis, de 500‐5.000: quatro, de 5.000‐100.000: seis, acima de 100.000: três. Genotipagem foi feita em 15 pacientes: dois sem mutações, M184V em 11, K102N em seis, G190 em três e mutação para IPs (M46I, I50 L) em apenas um. Avaliando os esquemas antiretrovirais (TARV) usados antes e após carga viral detectável, houve manutenção do mesmo inibidor de protease (IP) em 10 pacientes e troca de IP em 14. Troca de EFV por IP em três pacientes e por DOL em um, de RAl por DOL em dois, uma troca de IP por EFV e uma permanência EFV. Causas de carga viral detectável: adesão em 15, adesão associada a resistência: oito, resistência cinco e escape quatro pacientes.

Discussão/conclusão: A adesão foi a principal causa de carga viral detectável em 72% dos pacientes. Apenas 20% dos pacientes apresentavam mutação, M184V, K102N e G190 foram as mais comuns, foi rara a resistência aos inibidores de protease. A maioria dos pacientes estava em uso de IP, mesmo durante a detecção do vírus. As trocas de TARV foram principalmente para melhoria da adesão. As alterações psiquiátricas foram determinantes para falta de adesão.

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