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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 109-110 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 109-110 (December 2018)
EP‐147
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CULTURA POSITIVA PARA RHODOCOCCUS SPP. EM LAVADO BRONCOALVEOLAR, MEDULA ÓSSEA E SANGUE PERIFÉRICO DE PACIENTE COM RODOCOCOSE
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Hugo Pessotti Aborghetti, Mariana S.F. Senna, Fenísia G. Carvalho Saldanha, Mayko Nascimento Merscher, Julia Almenara R. Vieira, Ricardo Tristão Sá, Marina Dias de Souza
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 10 ‐ Horário: 10:30‐10:35 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Infecção bacteriana grave com incidência crescente em pacientes com Aids, a rodococose tem como principais agentes etiológicos o Rhodococcus equi e o R. rhodochrous. O Rhodococcus é taxonomicamente relacionado à Nocardia e ao Mycobacterium, o que é motivo de equívocos no diagnóstico. A transmissão acontece por exposição ao solo contaminado, predominantemente por via inalatória.

Objetivo: Relatar caso de rodococose, correlacionar achados e conduta clínica com dados da literatura.

Metodologia: Homem, 24 anos, tabagista, adestrador de cavalos em fazenda, com quadro de perda ponderal, febre vespertina e tosse mucopurulenta em dezembro de 2017, quando procurou serviço de saúde e foi diagnosticado com pneumonia bacteriana comunitária. Após alta hospitalar, manteve os sintomas e somou‐se ao caso sudorese noturna, tosse com hemoptoicos e hiporexia. Procurou unidade básica de saúde, onde foi diagnosticada infecção pelo HIV, foi encaminhado ao ambulatório do Hospital Universitário em março de 2018 para acompanhamento. Raios X de tórax evidenciou imagem com lesão cavitada, no entanto com pesquisa de BAAR negativa. Mesmo com o início do esquema para tuberculose (RHZE), paciente manteve o quadro. Após novos exames, a tomografia de tórax mostrou consolidação extensa, com micronódulos e cavidades de permeio. Mielograma e broncoscopia foram feitos, evidenciaram a presença de Rhodococcus spp tanto no lavado broncoalveolar como na medula óssea e sangue periférico, iniciou‐se, portanto, tratamento com ciprofloxacino e azitromicina.

Discussão/conclusão: Para o diagnóstico, é necessário evidenciar o patógeno, que é mais comumente isolado no sangue periférico. Ele se apresenta sob a forma de cocobacilos, gram‐positivos e fracamente acidorresistentes. Por sua vez, o paciente descrito apresentou cultura positiva para R. equi em três sítios: sangue periférico, lavado broncoalveolar e medula óssea. Disfunções do sistema imune, como infecção por HIV, destacam‐se como fator predisponente para rodococose e o R. equi tem sido cada vez mais isolado como patógeno oportunista. Além da infecção por HIV, a profissão do paciente em questão é outro fator de risco, pois a exposição ao solo contaminado com estrume herbívoro é provavelmente a principal via de entrada para o fungo, tanto em animais como em humanos. Assim, deve‐se suspeitar de diagnóstico de infecção por R. equi em pacientes imunocomprometidos com doença pulmonar cavitária e fatores de risco epidemiológico para doença.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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