12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: A lipodistrofia tem um impacto importante na qualidade de vida dos pacientes HIV, causando‐lhes problemas físicos, psicológicos e sociais. A literatura aponta que a insatisfação com a imagem corporal pode resultar em má adesão a terapia antirretroviral (TARV), problemas psicológicos, comprometimento na adesão as orientações nutricionais e na saúde geral das pessoas que vivem com o vírus.
Objetivo: Assim este trabalho objetivou verificar as alterações na redistribuição e correlacionar a autopercepção da imagem corporal de pessoas vivendo com HIV em acompanhamento ambulatorial no Município de Macaé‐RJ.
Metodologia: Foi um estudo transversal, quantitativo, com pessoas vivendo com HIV de ambos os sexos, idade entre 18 e 59 anos, sob terapia antirretroviral. Avaliou‐se: lipodistrofia autorreferida; exames: bioquímicos; clínicos e antropométricos.
Resultados: Incluiu‐se 89 adultos, 45 (51,1%) do sexo masculino e 43 (48,9%) do feminino, com idade média de 41 anos; tempo médio de diagnóstico do vírus (THIV) de±70,9 meses e de tratamento com antirretroviral (TTO) de±62 meses. Dentre os esquemas da TARV, 58% em uso (INTR+INTR+IÑNTR); 29% (INTR+INTR+IP) e 12% (INTR+INTR+IT). Carga viral indetectável (<50 cópias/mL) em 77% (n=63), contagem TCD4 (≥350 células/mm3) em 89% (n=73), demonstrando boa adesão à TARV. A frequência de lipodistrofia autorreferida foi de 40% na amostra total e a maior parte revelou lipoatrofia em nádegas, (31,4% naqueles com lipodistrofia e 25% nos indivíduos sem lipodistrofia autorreferida) e face (25,7% naqueles com lipodistrofia e 13,4% nas pessoas sem lipodistrofia autorreferida). Houve correlação positiva entre massa muscular esquelética (MME) e a imagem corporal para ambos os grupos (com lipodistrofia‐ p=0,001 e sem lipodistrofia autorreferida‐ p=0,007), caracterizando lipoatrofia nesta população que vive com HIV.
Discussão/Conclusão: Houve correlação positiva entre massa muscular esquelética e imagem corporal caracterizando lipoatrofia nas pessoas que vivem com Hiv sob terapia antirretroviral há aproximadamente cinco anos sob terapia antirretroviral, neste estudo.