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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐170
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CENÁRIO DAS HOSPITALIZAÇÕES PARA TRATAMENTO DE AFECÇÕES RELACIONADAS AO HIV, NO SUS, NA ÚLTIMA DÉCADA
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João Pedro Assunção Santos, Keila da Silva Goes Di Santo, Giovanna Harzer Santanna, Arthur Cardoso Tolentino, Victoria Silva Pinto
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) predispõe, nas pessoas que vivem com HIV (PVHIV), afecções, sobretudo, nos sistemas digestivo (SD), respiratório (SR) e nervoso (SN), sobretudo por ação de infecções oportunistas (IO).

Objetivo: Como a terapia antirretroviral (TARV) foi universalizada no Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente da carga viral da PVHIV em 2013, analisamos os impactos na proporção de internações dessas afecções no SUS de 2008‐2019, visto que previne a ocorrência de IO.

Metodologia: Estudo ecológico de tendência temporal, com dados secundários do DATASUS coletados em julho/2020. No SIH/SUS, pesquisou‐se as internações por afecções do SN, SR e SD, em pacientes com HIV/AIDS em 2008‐2019. No Excel 365, calculou‐se as proporções de internações hospitalares. Foi usada regressão linear simples para avaliar a tendência temporal, assumindo valores significativos quando p<0,05.

Resultados: Observou‐se tendência estacionária da proporção de internações para tratamento de afecções relacionadas ao HIV no Brasil em geral, no SR e SN. Entretanto, o SD apresentou tendência decrescente (R2=0,55; p=0,005). Percebe‐se tendência crescente da proporção de internações para tratamento de afecções do SN relacionadas ao HIV no Norte (R2=0,41; p=0,02) e decrescente no Sudeste (R2=0,50; p=0,008), enquanto as demais regiões foi estacionária (p>0,05). Referente ao SD, encontra‐se tendências decrescentes no Norte (R2=0,65; p=0,002), Sudeste (R2=0,72; p<0,001) e Centro‐Oeste (R2=0,47; p=0,01), enquanto no Sul e Nordeste mostraram tendência estacionária (p>0,05). Referente ao SR, há tendência de crescimento no Norte (R2=0,84; p<0,001) e Sul (R2=0,39; p=0,02), e tendências decrescentes no Sudeste (R2=0,86; p<0,001), enquanto o Centro‐Oeste e o Nordeste apresentaram tendência estacionária (p>0,05).

Discussão/Conclusão: O acesso à TARV reduz morbimortalidade das PVHIV/AIDS. Assim, justifica‐se a tendência decrescente de internações observadas nas afecções do SD a nível nacional e nas regiões Norte, Sudeste e Centro‐Oeste, do SR e SN (ambas Sudeste). Contudo, a tendência crescente do número de internações observadas nas afecções do SN (Norte) e SR (Norte e Sul) aliadas com o aumento da mortalidade por AIDS na região observado no Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2019 evidenciam a necessidade de ações para acesso e adesão ao tratamento. Logo, para avaliar o impacto da TARV no país, é preciso que o SIH forneça a etiologia das afecções para que, seja possível refinar estratégias do SUS.

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